Blog do Torcedor - Campeonato Paulista, Carioca, Copa do Nordeste, Libertadores e Champions League ao vivo, com notícias de Flamengo, Palmeiras, PSG e outros clubes
Torcedor

Notícias de Flamengo, Palmeiras, Corinthians, PSG, Real Madrid e outros clubes ao vivo. Acompanhe aqui o Campeonato Paulista, Carioca, Libertadores e a Champions League

Policiamento voltará ao normal nos jogos de Náutico e Sport

Leonardo Silva
Leonardo Silva
Publicado em 24/09/2019 às 14:30
 Foto: Brenda Alcântara.
Foto: Brenda Alcântara.

O estádio dos Aflitos foi palco de uma festa. Mas poderia ter sido testemunha de uma tragédia. O efetivo menor de policiais militares no jogo entre Náutico e Juventude, no último domingo (22/9), expôs todos os presentes (e a imagem do futebol em Pernambuco) a um risco sem precedentes. O evento como um todo, desde a chegada dos times sem escolta até o final do jogo com o princípio de briga entre jogadores e a possível invasão de torcedores, ficou à perigo. Por “sorte”, o pior não aconteceu.

Depois da pressão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ontem, houve uma reunião entre a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e o Governo do Estado, que decidiu a volta da segurança nos estádios feita pela Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) – o que é exigido pelo Estatuto do Torcedor. Vale lembrar que no próximo fim de semana, além de jogos do Náutico e Sport, vai ter também um grande evento musical – o Samba Recife, com 12 horas de duração.

O presidente da FPF, Evandro Carvalho, se reuniu com a vice-governadora Luciana Santos (o governador Paulo Câmara está nos Estados Unidos) e eles chegaram a um acordo para que os PMs voltem a trabalhar nos jogos do próximo fim de semana. “A Polícia Militar vai voltar a trabalhar normalmente nos estádios sem problema algum. Eu conversei com a vice-governadora que entrou em contato com o Secretário de Defesa Social Antônio de Pádua. Todos chegamos a um entendimento e tanto o jogo do Sport, no sábado, como o do Náutico, no domingo, estão com policiamento garantido”, afirmou Evandro.

O dirigente admitiu que recebeu ligações da CBF a respeito do assunto. “Os diretores me ligaram pra saber o que houve na partida do Náutico e das condições de segurança para os próximos jogos em Pernambuco. Isso é normal, não tendo segurança necessária a medida seria transferir o jogo para outra praça em outro Estado. Mas eu os tranquilizei e disse que já estava tudo contornado e resolvido”, disse o presidente da FPF.

LEIA MAIS

< Polícia Militar descarta retaliação ao Náutico e diz ter cumprido ordem

< Após reunião com governo, Evandro Carvalho garante policiamento

< Procurador destaca descumprimento de ordem judicial da PM no jogo dos Aflitos

A segurança nos eventos esportivos está prevista no lei número 10.671, popularmente conhecida como o Estatuto do Torcedor, de 2003, que determina no artigo 13 que “o torcedor tem direito à segurança nos locais onde são realizados os eventos esportivos antes, durante e após a realização das partidas”. No artigo seguinte, o estatuto deixa claro a necessidade de tal segurança ser feita por agentes públicos: “A responsabilidade pela segurança do torcedor em evento esportivo é da entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo e de seus dirigentes, que deverão solicitar ao Poder Público competente a presença de agentes públicos de segurança, devidamente identificados, responsáveis pela segurança dos torcedores dentro e fora dos estádios e demais locais de realização de eventos esportivos”.

Diante do impasse, a “segurança” na partida foi feita pela Guarda Municipal do Recife e por 200 seguranças particulares. Logo após o jogo, o vice-presidente do Náutico, Diógenes Braga, acusou a PMPE de fazer “biquinho e uma retaliação covarde”. Ontem, também em entrevista à Rádio Jornal, o presidente do clube, Edno Melo, voltou a criticar a instituição. “Infelizmente a Polícia Militar não cumpriu o papel dela. Inclusive pra que se entenda que houve realmente uma retaliação não houve escolta do ônibus do Náutico, não existiu policiamento pra fazer a revista dos torcedores. No momento em que você mais precisa da Polícia Militar, do Governo do Estado, ele dá as costas ao contribuinte. E ali tinha no mínimo 13 mil deles”, afirmou Edno Melo.

VEJA MAIS CONTEÚDO

Últimas notícias