Blog do Torcedor - Campeonato Paulista, Carioca, Copa do Nordeste, Libertadores e Champions League ao vivo, com notícias de Flamengo, Palmeiras, PSG e outros clubes
Torcedor

Notícias de Flamengo, Palmeiras, Corinthians, PSG, Real Madrid e outros clubes ao vivo. Acompanhe aqui o Campeonato Paulista, Carioca, Libertadores e a Champions League

Depois do acesso, torcida do Náutico reencontra o estádio dos Aflitos

Fernando Castro
Fernando Castro
Publicado em 22/09/2019 às 10:28
Diego e Bruno são amigos e entraram juntos no gramado dos Aflitos, após o acesso. Foto: Leo Motta/JC Imagem
Diego e Bruno são amigos e entraram juntos no gramado dos Aflitos, após o acesso. Foto: Leo Motta/JC Imagem

O dia 8 de setembro vai ficar guardado na memória de todo torcedor alvirrubro. O dramático acesso à Série B do Campeonato Brasileiro proporcionou aos fanáticos diferentes reações e sentimentos. Neste domingo, no duelo de volta da semifinal, contra o Juventude, a torcida do Náutico vai poder se reencontrar com o estádio dos Aflitos depois do jogo histórico contra o Paysandu. Dentre milhares de alvirrubros que invadiram o gramado logo após a conquista, três protagonizaram um episódio bem curioso.

A emoção com o retorno à Série B foi tão grande que os torcedores que invadiram o gramado dos Aflitos queriam levar algo de recordação para marcar o momento. Seja um pedaço da grama ou peças dos uniformes dos jogadores, sobrando até para as chuteiras do volante Maylson. Durante a comemoração, o torcedor Bruno Henrique conseguiu pegar um lado da chuteira do jogador e resolveu dar de presente ao amigo Diego Silvestre, que havia o ajudado a comprar o ingresso do jogo.

No dia seguinte do jogo, no entanto, o jogador do Náutico pediu ajuda em rede social para conseguir recuperar a chuteira, por causa da palmilhas ortopédicas, feitas especialmente para os seus pés. Comovidos pelo pedido, os torcedores marcaram um encontro com Maylson para devolver as chuteiras. Como retribuição, o volante presenteou o trio com camisa e peças do uniforme oficial do time.

"Depois do jogo, Bruno invadiu o gramado e eu também. Mas como tinha muita gente dentro, eu não consegui alcançar ele e depois de um tempo ele veio até mim, correndo, me abraçando, com a chuteira de Maylson. No outro dia, quando Maylson fez a postagem eu entrei em contato com ele. Consegui encontrar o torcedor que tinha pego a outra chuteira e Maylson presenteou a gente com duas camisas, um short e um colete de treino", contou o torcedor Diego Silvestre.

Estudante de 21 anos, Joab Júnior foi o outro torcedor que levou a chuteira de Maylson para casa. Depois de postar a lembrança em redes sociais, foi chamado a atenção que o jogador precisava das palmilhas de volta. Foi quando combinou com os torcedores Diego e Bruno para marcar o encontro com o volante, que aconteceu no CT Wilson Campos. Para Joab, tudo que aconteceu no histórico jogo do acesso vai ficar guardado na memória.

"Quem estava naquele jogo jamais irá esquecer. Quando entrei no gramado, peguei a chuteira de Maylson, era muito importante e iria ficar marcado na minha memória, mas no outro dia vi a postagem, marcamos o encontro e eu fui devolver. Fiquei muito surpreso com isso tudo que aconteceu, foi o ingresso mais bem pago que eu já dei, porque vi aquela virada épica do Náutico e ainda por te pego a chuteira de Maylson, consegui ganhar uma camisa e a amizade dele", afirmou Joab Júnior.

LEIA MAIS

>Justiça determina volta de Náutico x Juventude para domingo

>Náutico não solicitou apoio e FPF faltou a reunião, diz Polícia Militar

>Por unanimidade, STJD mantém o resultado original de Náutico x Paysandu

EMOÇÃO

Uma das integrantes das 'Timbuzeiras', grupo de torcedoras do Náutico, a estudante Brenda Beatriz também não vai esquecer tão cedo o dramático jogo. Para ela, o fato da decisão ter acontecido no Caldeirão dos Aflitos fez toda a diferença para o roteiro emocionante da partida. Brenda também ajudou a organizar a festa pré-jogo, quando os torcedores alvirrubros lotaram a Avenida Rosa e Silva e ajudaram a incentivar os jogadores dentro do ônibus do clube.

"Para mim, se não fosse nos Aflitos não teria sido da maneira que foi. Lá é a nossa casa, a gente encontra o que realmente somos, a nossa camisa pesa e onde tudo se transforma. Quando o Paysandu fez o segundo gol eu me desmanchei, ninguém me consolava, mas de alguma maneira eu sempre acreditei que poderíamos virar. E com o acesso eu não ia me perdoar depois se não invadisse o campo. No mesmo instante que acabou, os torcedores foram correndo e eu também, junto com o meu namorado e meus amigos", disse Brenda.

VEJA MAIS CONTEÚDO

Últimas notícias