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Lições do Furacão: gestão do Athetico-PR por trás do título da Copa do Brasil

Carlyle Paes Barreto
Carlyle Paes Barreto
Publicado em 19/09/2019 às 11:49
Athetico Paranaense conquista o Brasil Foto: Wesley Santos/Estadão Conteúdo
Athetico Paranaense conquista o Brasil Foto: Wesley Santos/Estadão Conteúdo

O Athletico não é exemplo de simpatia ou de democracia no futebol brasileiro, pelo contrário, mas deixa boas lições para serem seguidas pelos demais clubes. Principalmente aos fora do eixo Rio-São Paulo-Sul-Minas.

O título da Copa do Brasil não veio apenas pela consistência tática do time comandado por um jovem de 39 anos, Thiago Nunes. Ou pela velocidade de Rony, que despontou para o País no Náutico. Muito menos pelas defesas do goleiro Santos, dos dribles de Cirino, da habilidade de Bruno Guimarães. Começou nos gabinetes, na gestão do clube.

Mesmo com a antipatia de seu chefe-mor, o presidente do Conselho Deliberativo e manda-chuva Mario Celso Petraglia, que briga com jornalistas, não dá acesso a treino, fecha o clube e peita até a Rede Globo, há lições a serem aprendidas.

Aqui, algumas delas:

BASE

Treze jogadores campeões foram formados na base atheticana. Entre eles o goleiro Santos, o zagueiro Bambu, o lateral Khellven, o volante Bruno Guimarães. Todos titulares e destaques do time. E, claro, joias a serem negociadas a bom preço.

INFRAESTRUTURA

O CT do Caju, que já recebeu a seleção brasileira, foi um dos primeiros a se modernizar no futebol brasileiro. E não para de receber novos equipamentos.

VANGUARDA

O Furacão não teme ousadia. Mudou ano passado seu escudo e até o próprio nome, mostrando que não teme mudanças. Fez campanha publicitária no meio de um jogo do Brasileirão, com o goleiro Santos mexendo em celular, apoiou abertamente o então candidato Jair Bolsonaro nas eleições.

ARENA

A modernização da Arena da Baixada é um dos maiores trunfos do Athletico. Quase sempre com bom público, abrindo espaço para todas as classes sociais. Único estádio nacional grama sintética, o que não deixa de ser diferencial para o time. Sem falar no teto retrátil. E de ter sido o primeiro a explorar naming rights.

DIREITOS DE TV

O Athletico foi o primeiro a falar abertamente em cobrar de emissoras de rádio direitos de transmissão, algo que defende até hoje. Já barrou emissoras de TV e até peitou a Globo na discussão por cota maior, sendo o único que não fechou com a rede em TV aberta na atual edição do Campeonato Brasileiro. Por conta da disputa com TVS, transmitiu seus jogos pelo Facebook.

CONTRATAÇÕES

Se não faz grandes contratações, o Athletico é cirúrgico. Acompanhando com lupa o mercado, levando jogadores em baixa em outros clubes, mas com potencial. Ou repatriando joias, como fez com Rony, Nikão, Cirino. E ainda acertando nos estrangeiros, como Lucho Gonzalez e Marco Ruben.

O somatório disso tudo explica não apenas o merecido título da Copa do Brasil. Reflete a conquista da Copa Sul-Americana, as boas campanhas no Brasileirão, os jogadores revelados e cotados para a seleção brasileira.

Realmente não se trata apenas de futebol. Ou pelo menos o que se passa somente dentro das quatro linhas.

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