Certamente aquela derrota para o Grêmio não será esquecida pelos alvirrubros, mas agora ela deixa de ser referência quando se falar em Batalha dos Aflitos. A classificação épica diante do Paysandu, tirando o Náutico da Série C, teve enredo bem semelhante a da tragédia de 2005. Mas com uma grande diferença: com final feliz.
Jogo tenso, com expulsões e penalidade marcada a favor no final. Kuki chorando copiosamente. Tudo lembrava a rodada final daquele quadrangular, 14 anos atrás. Com adversário fazendo buraco na marca de pênalti. E com canhoto responsável pela cobrança. Mas desta vez Jean Carlos estava inteiro. Pelo menos emocionalmente. E não deu chances para Mota se transformar num Galato.
Esse gol, empatando o duelo e levando a decisão aos pênaltis, pode não ter refletido o que foi o jogo. Com o Paysandu melhor tecnicamente e taticamente durante quase toda partida. Mas fazendo justiça ao que o Náutico fez durante todo campeonato. Aliás, desde o início da temporada.
Mostrando que batalhas se perdem e se vencem. E com bons guerreiros, maior probabilidade de vitórias.