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Náutico: acesso coroa trabalho de uma gestão que serve de modelo

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 08/09/2019 às 20:49
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

O Náutico está na Série B após superar o Paysandu nos Aflitos, neste domingo (8). Um êxito merecido dos atletas e do técnico Gilmar Dal Pozzo, sem dúvidas. Mas há de se destacar também a direção alvirrubra, que começou a sedimentar esse acesso ainda em 2017, quando assumiu o clube rebaixado para a Série C. A missão não era das mais fáceis, afinal o Timbu, além de rebaixado, enfrentava problemas financeiros e tinha um cenário duro pela frente com queda de receitas. Isso sem falar no embate político, que aquecia os bastidores em Rosa e Silva. Os obstáculos, contudo, foram vencidos com boas decisões de uma gestão que serve de referência não só para os alvirrubros, mas para os rivais.

A aposta na base acabou sendo uma das decisões mais certeiras, permitindo a revelação de bons nomes nos últimos dois anos - o caso mais recente é Thiago. Isso não só fez com que poucas contratações fossem necessárias como também trouxe caixa com a negociações de atletas. O Náutico depois de um bom tempo voltou aos holofotes do mercado nacional e internacional.

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Foi graças a esse investimento e confiança na base que o Timbu conseguiu receitas para se sustentar e pagar em dia a sua folha, que apesar de modesta em relação a alguns rivais foi honrada com os atletas, em outra medida positiva dessa direção. Nos últimos dois anos, o termo "salário atrasado" deixou de ser notícia em Rosa e Silva. Prova que mais importante do que gastar com grandes jogadores é ter planejamento para contratar bem e quitar os compromissos em dia. Pagar corretamente foi o maior reforço, sem dúvidas.

A PONTUAÇÃO DO NÁUTICO RODADA A RODADA

Outra decisão importante a se ressaltar foi a confiança da gestão nos trabalhos dos técnicos. Em dois anos, foram apenas três e todos com trabalhos de médio a longo prazo: Roberto Fernandes, Márcio Goiano e Dal Pozzo. Paciência foi uma virtude para que os frutos aparecessem. O acesso tem lógico o mérito de Dal Pozzo, mas também tem um pouco de Fernandes e Goiano, que deixaram legado. Mostra que mais do que vitórias é preciso entender o trabalho do técnico e a diretoria alvirrubra soube analisar isso com frieza e cuidado.

No entanto, a decisão mais acertada da gestão foi a volta aos Aflitos. Foi o retorno ao estádio que trouxe o resgate definitivo do sentimento de ser alvirrubro, já parcialmente recuperado com a conquista estadual do ano passado. Nos Aflitos, o torcedor se sentiu em casa novamente. Essa energia positiva acolheu o time, que se entregou. Não por acaso, foram apenas três derrotas dentro de casa no ano inteiro, sendo apenas um na Série C.

Então, a gestão do Náutico foi perfeita? Claro que não. Estamos aqui elogiando os acertos, mas também houve erros. A atual direção sabe disso. Só que ao contrário de outros, esse grupo diretivo assimilou as falhas como aprendizado e foi em busca da evolução, de maneira silenciosa e sem alarde - outra característica importante. No fim, cumpriu seu objetivo que era devolver o Náutico à Série B nacional. Missão que conclui uma etapa, mas que já joga desafios enormes pela frente. Seguir com os pés no chão será fundamental para o passado de 2017 não retornar aos Aflitos. A receita que deu certo precisa ser constantemente aprimorada com a adição de novos ingredientes. A expectativa dos alvirrubros, contudo, é a melhor possível, afinal essa direção já mostrou que sabe encarar e superar desafios.

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