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[Opinião] Difícil semana para ser mulher no futebol

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 24/07/2019 às 19:01
 Foto: Divulgação/FIFA
Foto: Divulgação/FIFA

Que péssima semana para ser uma mulher no futebol. Além de decisões duvidosas no que cerca a modalidade feminina, há também o machismo. Nosso de cada dia. No domingo (21), torcedoras do Náutico ofendidas dentro dos Aflitos. No dia seguinte, o Goiás com uma campanha duvidosa.

Parecia que tudo ia correr bem com a demissão do técnico Vadão do comando da seleção feminina, na segunda-feira (22). Mas Marco Aurélio Cunha segue como coordenador, mesmo não tendo desenvolvido um trabalho aceitável no departamento.

Mas todo dia na vida de alguém do gênero é um dia de luta. Para poucos de glória. Então, no domingo torcedoras alvirrubras foram alvo de assédio enquanto acompanhavam seu time vencer o Treze por 1x0. Simplesmente por estarem lá e serem mulheres. Elas, porém, pode não parecer para o assediador, ocupavam seu lugar para apoiar o time, tanto quanto ele.

O dia seguinte não foi menos difícil. O Goiás lançou a nova campanha de camisas do clube em um vídeo de gosto bastante duvidoso. Algo mais saído dos anos 1990 ou de canais adultos. O clube disse que é “falso moralismo”. Interessante, porque na terça-feira saiu o teaser com modelo homem sem a sensualidade relegada à torcedora. Não tem ninguém para avisar, não?

E, por favor, não vamos nem entrar no mérito de resultados e falta de condições para nossas atletas que desenvolvem o futebol feminino em Pernambuco. Porque, para o Sport, existe uma tal filosofia que vai fazer com que talentos sejam revelados em dois ou três anos. Sem jogar o Brasileirão sub-18 na temporada atual.

Tudo em um país que já teve o futebol proibido para mulheres previsto em lei. Com tão poucos marcos esportivos, basta lembrar que já faz mais de 90 anos  que a primeira mulher ser eleita em um cargo político no Brasil e 87 anos depois que mulheres tiveram direito ao sufrágio aqui. Trinte anos após a Constituição finalmente afirmar que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.

E hoje ainda é quarta-feira.

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