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Milton Mendes vive gangorra em 60 dias no Santa Cruz

Davi Saboya
Davi Saboya
Publicado em 21/07/2019 às 13:34
Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem
Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem

O técnico Milton Mendes foi do “céu ao inferno” em dois meses no comando do Santa Cruz. Nos 60 dias desta segunda passagem, ele conseguiu bons resultados no início ao conquistar quatro vitórias e um empate nos cinco primeiros jogos. Porém, a queda de produção foi nítida e dentro de campo a equipe amargou quatro tropeços seguidos nos últimos confrontos: três derrotas e um empate. Campanha que resulta em 51,85% de aproveitamento, mas não abala a confiança do treinador em conquistar o acesso na Série C do Campeonato Brasileiro.

“A nossa equipe está bem, está mentalmente bem, estamos muito unidos, muito fortes, mas infelizmente o resultado não tem aparecido. Peço desculpas ao nosso torcedor mais uma vez, mas acreditem que vamos sempre dar o nosso melhor”, afirmou o comandante coral, após a derrota para o Sampaio Corrêa na última quinta-feira, fora de casa, pela 13ª rodada.

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Milton Mendes desembarcou no dia 21 de maio com status de salvador da pátria e grande contratação na busca pelo retorno à Série B. Inclusive, surpresa para todos que vivem o clube, visto que o nome dele não estava entre os mais cotados para substituir Leston Júnior, que começou o planejamento no início da temporada. Após um tumultuado desembarque e festa da torcida, assumiu rapidamente o comando do Santa, ao lado do auxiliar técnico Thiago Duarte, e obteve os resultados positivos, inéditos para o time naquele momento da competição.

Até a quarta rodada, ainda com Leston Júnior, o Santa Cruz não tinha conseguido vencer na Terceirona. Situação que foi alterada por Milton Mendes, mas que começou a degringolar diante do Treze. Fora de casa, diante dos paraibanos, o treinador sofreu a primeira derrota e não conseguiu reajustar a equipe. De lá para cá, ele segue mexendo em busca do “time ideal” e vendo cada vez mais de longe a zona de classificação para as quartas de final.

Faltando cinco jogos para o fim da fase de grupos, o Tricolor do Arruda segue fora do G-4 do Grupo A, com 17 pontos, na sétima colocação, e a situação em relação aos concorrentes diretos pode piorar ainda mais após o término da rodada hoje. Para não depender de uma combinação de resultados, Milton trabalha com um aproveitamento de 73% na reta final, o que equivale a quatro vitórias em cinco jogos. Campanha semelhante a que o Santa Cruz apresentou logo após a troca de comando na competição nacional.

O retorno da Cobra Coral ao caminho das vitórias passa pelo ajuste da defesa. Atualmente, em toda a Série C, é o terceiro time que mais sofreu gols com 20 sofridos, perdendo apenas para os lanternas de cada chave Treze e Atlético-AC, que apresentam 22 e 21, respectivamente. Outro ponto que precisa ser ajustado pelo treinador é a quantidade de mexidas no time a cada rodada. Quando chegou e engrenou a sequência de vitórias, Milton Mendes evitou realizar muitas mudanças e fez apenas as alterações forçadas por lesão ou suspensão. A justificativa do treinador é que o time precisa de equilíbrio e o alto número de gols sofridos tem o incomodado na busca pela regularidade.

A Era Milton Mendes, como de costume, não é marcada apenas pelo trabalho dentro das quatro linhas. Fora, ele utiliza as conhecidas metodologias para gerir o elenco e também mexe com a rotina do clube tentando melhorar a estrutura interna. A atuação já é conhecida desde a primeira passagem. E quando a maré não é boa, a filosofia pode não surtir o efeito desejado.

Com os atletas, o técnico tenta brincar, realizar dinâmicas, momentos de descontração no dia a dia e também quando a equipe está concentrada antes dos jogos. Por sinal, antes dos compromissos dentro do casa, o time passa a noite anterior em um hotel na beira-mar do Recife. Ao contrário do que acontecia antes com o ex-treinador Leston Júnior, quando os jogadores e comissão técnica concentravam no estádio José do Rego Maciel.

A chegada de Milton Mendes não só mexeu com o time e comissão técnica, mas também os cofres do clube. O Santa Cruz gasta mais de R$ 100 mil reais de salário com o treinador, além das despesas que aumentaram fora das quatro linhas e com a chegada de novos reforços. No entanto, o presidente Constantino Júnior e a direção garantem que tudo tem sido calculado e feito dentro do orçamento. Até porque o faturamento aumentou com a boa campanha e cotas da Copa do Brasil e Copa do Nordeste deste ano. Resta saber se vai conseguir manter tudo em dia até o final do ano. O planejamento segue sendo executado fielmente. Mas o fracasso na Série C pode custar caro.

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