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AFA presta queixa à Conmebol sobre jogo contra Brasil e cita Bolsonaro

Davi Saboya
Davi Saboya
Publicado em 03/07/2019 às 23:37
Bolsonaro receberá representantes dos clubes de Pernambuco em Brasília. Foto: AFP
Bolsonaro receberá representantes dos clubes de Pernambuco em Brasília. Foto: AFP

AFP - A Associação de Futebol Argentino (AFA) enviou nesta quarta-feira uma nota de queixa à Conmebol pelos "graves e grosseiros erros de arbitragem" que, segundo A federação, prejudicaram a equipe de Lionel Messi na derrota de 2 a 0 para o Brasil na semifinal da Copa América. A longa nota do presidente da AFA, Claudio Tapia, criticou também o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que compareceu ao estádio Mineirão, "já que foram evidentes suas manifestações políticas" durante o jogo e questionou "que no intervalo ele deu uma verdadeira volta olímpica pelo estádio".

Tapia enviou a carta de seis páginas ao presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, em apoio à seleção argentina e depois que o próprio Messi fez duras críticas à entidade sul-americana de futebol e à arbitragem do equatoriano Roddy Zambrano, na partida que deixou a Albiceleste fora da final do torneio continental.

"Cansaram de marcar besteiras nesta Copa América, pênaltis bobos e hoje nem sequer consultaram o VAR em uma jogada claríssima. Mas bom, o Brasil jogou em casa, hoje eles controlam muito a Conmebol e fica complicado", desabafou o capitão da Albiceleste no Mineirão, em Belo Horizonte, na noite de terça-feira.

Tapia argumentou que "injustificadamente o árbitro se negou a utilizar o VAR em pelo menos duas jogadas concretas que claramente influíram no resultado final da partida".

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O presidente da AFA insistiu que o Brasil-Argentina "põe em dúvida que se foram observados os princípios da ética, lealdade e transparência".

Lembrou também que o trio de arbitragem escolhido para essa semifinal havia sido questionado pela AFA "pelos antecedentes negativos de Zambrano" e considerou que isso "amplia o manto de dúvida que gerou sua atuação".

Na carta, Tapia pede para que a Conmebol tome uma providência contra o responsável pela arbitragem da organização, o brasileiro Wilson Seneme, a quem acusa de "manejos irregulares" nos diferentes torneios continentais. "o que evidencia uma manifesta incapacidade para exercer o cargo".

A AFA criticou também a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por "não cumprir as normas de organização", o que provocou "demoras injustificadas no transporte das equipes aos estádios", a não ser para os anfitriões.

Além disso criticou "os estádios com muito pouca afluência de público, campos em péssimo estado e queixas de jogadores em relação à organização, segurança e hotelaria".

MANIFESTAÇÕES

Para a AFA, a presença de Bolsonaro no Mineirão "não passou inadvertida para jogadores, dirigentes e público em geral, já que foram evidentes suas manifestações políticas durante o decorrer do jogo", além do que o chefe de estado fez no intervalo "uma verdadeira volta olímpica pelo estadio".

"Os princípios da Fifa e da Conmebol de não ingerência, e a proibição que rege todos seus membros de realizar manifestações políticas em um evento esportivo, devia ser advertida pela comitiva presente", afirmou Tapia.

Ele lembrou que em outras ocasiões "jogadores foram sancionados por terem terem mostrado suas posições políticas durante partidas".

Tapia convidou Domínguez para que considere suas "reflexões pessoais". "A América do Sul tem um capital esportivo inegável que é integrado pelos melhores jogadores do mundo. Não podemos permitir que tamanha afronta ao espírito esportivo se repita".

A carta foi acompanhada por um informe técnico do diretor nacional de Arbitragem da AFA, Federico Beligoy, que citam "os graves e grosseiros erros de arbitragem que influíram para que a seleção argentina fosse eliminada da Copa América Brasil-2019", conclui a missiva.

Contactado pela AFP, um porta-voz da Conmebol informou que a instância "está vendo" de que maneira vai responder a carta do responsável da AFA.

A Argentina foi campeã da Copa América em 1993 pela última vez. De lá para cá perdeu quatro finais: em 2004, 2007, 2015, e a Copa América Centenário nos Estados Unidos, em 2016.

No sábado a Albiceleste vai disputar o terceiro lugar com o perdedor de Chile e Peru.

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