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"Geração Marta" emociona no adeus à Copa e já mira Tóquio 2020

Davi Saboya
Davi Saboya
Publicado em 25/06/2019 às 15:24
O Brasil é um dos países candidatos à sede. Foto: AFP
O Brasil é um dos países candidatos à sede. Foto: AFP

AFP - Outra vez eliminada nas oitavas, mas com a sensação de que a geração liderada por Marta deixa um legado na Copa da França-2019. A seleção feminina se despediu contra a anfitriã, mas o fez com honra, emocionando a torcida e prometendo voltar à batalha em um ano em Tóquio-2020.

A imagem das três lendas brasileiras deixando a alma em campo no estádio Oceane de Le Havre impactou o Brasil, com grande parte do público deixando de assistir o duelo entre Argentina-Catar pela Copa América para acompanhar as meninas, eliminadas novamente nas oitavas de final, como na Copa do Canadá-2015.

Formiga, 41 anos, aguentou em campo até o segundo tempo, apesar de sofrer com uma lesão no pé. Cristiane, 34 anos, durou até o início da prorrogação, quando se machucou ao tentar uma finalização e precisou ser retirada de campo com ajuda das companheiras. Só Marta, 33 anos, ficou em pé, aguentando 120 minutos de jogo, embora se recuperava de lesão.

"O futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Não vai ter uma Formiga para sempre, uma Marta, uma Cristiane. Pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para sorrir no fim", desabafou Marta após a partida, com lágrimas nos olhos diante das câmeras, em um discurso dedicado à nova geração do futebol feminino.

Há muito tempo que a seis vezes melhor jogadora do mundo entra em campo por algo mais do que troféus. Consciente de seu papel de ícone do esporte, tenta fazer com que suas ações e suas palavras transcendam e inspirem as jovens em um momento crucial para o futebol feminino.

Debinha, Andressa...

Marta sabe que, no Brasil, sobra matéria prima e entende o que falta ao país para competir com as grandes potências. Em Le Havre, a Seleção mostrou seu futebol, mas acabou eliminada pela França, uma das favoritas ao título e um dos países que mais investem em futebol feminino no mundo. "Não estávamos preparadas fisicamente para jogar tanto tempo", reconheceu após a partida o técnico Vadão.

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"Me parece primordial que todas que estão aqui possam ter em mente a importância de um trabalho planejado para se prepararem para um grande torneio. Não adianta fazer isso em meses, tem que ser antes. Agora é já pensar nos Jogos (Olímpicos), que tenham esse pensamento para trabalhar e estar preparadas, isso é o alto nível", completou Marta.

Entre as jogadoras que evoluíram na Copa da França estão a zagueira Kathellen (23 anos) e as atacantes Andressa (24), antes de se machucar na terceira partida da fase de grupos, e especialmente Debinha (27), que no domingo teve a bola do jogo em seus pés mas acabou desperdiçando a oportunidade, pouco antes de Amandine Henry dar a vitória à França na prorrogação.

Tóquio 2020

"Foi uma grande experiência para todas nós. Agora é o momento de aproveitar esta exposição e fazer com que o futebol feminino seja ainda maior e melhor. A Copa acabou, mas temos que continuar. No ano que vem temos os Jogos", declarou Marta, descartando uma possível aposentadoria da Seleção.

A atacante não quer que a versão de seu futebol apresentado na França, onde claramente jogou debilitada por uma lesão muscular sofrida pouco antes do torneio, seja a última imagem deixada vestindo a amarelinha.

Marta não jogou na estreia na Copa e não teve condições de terminar as duas partidas seguintes. Vadão não pôde confirmar a presença da camisa 10 contra a França até pouco antes do jogo. No fim, a craque aguentou 120 minutos de futebol.

Apesar de seu estado físico, Marta marcou dois gols de pênalti e se tornou a maior artilheira da história de todas as Copas, masculina ou feminina, com 17 gols, superando o alemão Miroslav Klose.

Sem digerir a cruel derrota para a França, Marta, que tem duas pratas olímpicas no currículo, já pensa em Tóquio-2020. Tudo indica que Formiga, que continuará nesta temporada no poderoso Paris Saint-Germain, e Cristiane também estarão presentes no que aparenta ser o último desafio da 'geração dourada' do Brasil.

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