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Sam Kerr briga em todas as frentes com as 'Matildas'

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 12/06/2019 às 19:50
Foto: FRANCOIS LO PRESTI / AFP
Foto: FRANCOIS LO PRESTI / AFP

Da AFP - Ela dá um passo à frente para brigar por cada bola dentro de campo, mas também fora dele, nas causas que defende e acredita. Sam Kerr é, aos 25 anos, a capitã da seleção australiana de futebol feminino e está se tornando um das atletas mais influentes de seu país.

A missão desta quinta-feira (13) será difícil, contra o Brasil pela segunda rodada da Copa do Mundo, após a Austrália perder na estreia por 2x1 para a Itália. Mas Kerr já mostrou que não se rende nunca.

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Na sexta-feira (7), as jogadoras australianas tiveram uma vitória fora de campo, garantindo um salário mínimo igual aos dos colegas masculinos. Um feito histórico no qual Sam Kerr tem muita responsabilidade por seu compromisso nessa reivindicação.

"A diferença salarial entre homens e mulheres no futebol tem que ser reduzida. Não pedimos que nos paguem dezenas de milhões de dólares como a nossos colegas masculinos, mas somente que sejamos remuneradas corretamente e de maneira equitativa levando em consideração a quantidade de trabalho e de investimentos que fazemos no nosso esporte", explicou Kerr em entrevista no ano passado.

Kerr sabe muito bem do que está falando quando cita trabalho e investimento. Seus dados são impressionantes: 23 gols nas últimas 27 partidas com a seleção australiana, 39 nos últimos 48 jogos na Liga dos Estados Unidos, onde defende o Chicago Red Stars, e 39 em 36 jogos na W-League australiana em dois anos.

Aos 25 anos, Kerr já tem 10 anos de carreira devido a sua precocidade e disputa sua terceira Copa do Mundo. Artilheira histórica nos Estados Unidos, também já esteve na briga pela Bola de Ouro de melhor jogadora da temporada.

Apesar da juventude, sua fama supera os limites dos estádios. Além de estar entre as principais estrelas femininas do videogame Fifa-2016, se tornou neste ano um símbolo da Nike, ao lado de Kylian Mbappé e Cristiano Ronaldo.

O duelo do Footy

Kerr deve se tornar em breve a primeira jogadora de futebol australiana a receber mais de um milhão de dólares por ano. Sua estreia profissional aconteceu em 2009 pelo Perth Glory FC, quando tinha apenas 15 anos e, ao fim da temporada, foi eleita a melhor jogadora da W-League. Dois anos depois, estreou na Copa do Mundo com a camisa da Austrália.

Mas a vida desta jovem poderia ter tomado outro rumo. De pai indiano e mãe australiana, Kerr estava destinada a outro esporte, o Australian Rules, ou 'Footy', uma espécie de futebol com bola oval jogado em campo de críquete.

Quando se via seguindo os passos do irmão, que construiu uma carreira vitoriosa no Footy pelo West Coast Eagles, Sam Kerr se viu obrigada a passar para o futebol, já que as meninas tinham pouquíssimas oportunidades de construir uma carreira no esporte tipicamente australiano.

A mudança não foi fácil. "Ter que passar do australian rules ao futebol foi muito duro para mim", lembrou recentemente em entrevista ao Daily Telegrah. Após quatro anos no Perth Glory, se transferiu para o Sydney FC.

Antes de continuar seu caminho do outro lado do Pacífico: em 2013, foi jogar no principal país do futebol feminino, os Estados Unidos. Primeiro no Western New York Flash, em seguida no Sky Blue FC de Nova Jersey e agora em Chicago.

Conhecida dentro de campo por sua habilidade, seu jogo aéreo e suas famosas comemorações com uma cambalhota, Kerr está muito envolvida no crescimento do esporte feminino. "Acredito que podemos ter um papel inspirador, embora ainda resta muito trabalho a fazer. Mas é um objetivo apaixonante", explicou recentemente.

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