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Polícia espanhola abre investigação sobre manipulação de resultados

Klisman Gama
Klisman Gama
Publicado em 28/05/2019 às 10:21
Ex-jogador do Real Madrid, Raúl Bravo (D) é apontado como o possível líder do esquema. Foto: Rafa Rivas/AFP
Ex-jogador do Real Madrid, Raúl Bravo (D) é apontado como o possível líder do esquema. Foto: Rafa Rivas/AFP

AFP - O futebol espanhol passa por um momento bastante delicado. A polícia local realiza nesta terça-feira uma operação contra a manipulação de partidas de futebol, com diversos jogadores e ex-jogadores na mira, assim como dirigentes do clube Huesca. De acordo com fontes policiais, entre os jogos investigados estão alguns do Real Valladolid, clube presidido pelo pentacampeão Ronaldo Fenômeno desde setembro.

As investigações apontam possíveis manipulações de resultados em "partidas da primeira e segunda divisões, na temporada passada e na atual", afirmaram fontes policiais. Entre os supostos envolvidos nas manipulações estão o ex-jogador do Real Madrid Raúl Bravo, já aposentado, e o meia do Valladolid Borja Fernández, que se aposentou ao final da temporada 2018-19.

Outros nomes citados são os de Carlos Aranda, que passou por diversos clubes da liga espanhola, Samuel Saiz, atleta do Leeds que disputou a última temporada pelo Getafe, e Iñigo López, atleta do Deportivo de La Coruña (segunda divisão). Os investigadores consideram Raúl Bravo, de 38 anos e que jogou no Real Madrid na década passada, o líder da organização.

Também estão sendo investigados vários dirigentes do Huesca, incluindo seu presidente Agustín Lasaosa. O clube, rebaixado para a segunda divisão depois de passar uma temporada na primeira divisão, teria participado na manipulação de resultados quando ainda estava na divisão de acesso. Todas as pessoas são investigadas por "organização criminosa, corrupção entre particulares e lavagem de dinheiro".

A operação ainda está em curso e não foi possível confirmar quem já foi detido e quem devem ser nas próximas horas.

De acordo com a imprensa espanhola, a partida que deu início à investigação foi Huesca-Nástic de Tarragona (0-1) da temporada 2017/2018. O Huesca já havia garantido a ascensão à principal divisão do futebol espanhol e o Nástic lutava para permanecer na segunda divisão. A grande quantia de dinheiro apostada na partida provocou suspeitas. "A operação vem de uma denúncia de LaLiga. Estamos trabalhando nisto há muito tempo", afirmou o presidente da Liga, Javier Tebas, ao jornal Marca.

"Estamos há mais de um ano com isto. Não podemos contar nada porque existe um sigilo de processo e a polícia está fazendo seu trabalho. Isto é muito doloroso porque afeta um clube que eu amo, mas o mais importante, o essencial, é acabar com a corrupção no futebol", declarou Tebas, que foi presidente do Huesca nos anos 1990.

Outros casos de manipulação de partidas foram revelados no passado na Espanha, mas afetaram principalmente divisões inferiores. No ano passado, 20 pessoas foram detidas pela suspeita de terem utilizado jogadores de clubes da terceira divisão para provocar situações como pênaltis ou escanteios, o que rendia muito dinheiro de apostas na China. Em 2017, cinco pessoas ligadas ao Eldense, da terceira divisão, foram detidas após uma derrota considerada suspeita de 12-0 para o Barcelona B.

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