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Copa feminina finaliza seus preparativos a partir de sua torre de controle

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 24/05/2019 às 13:23
A anfitriã França está sob o comando de Corinne Diacre. Foto: FRANCK FIFE / AFP
A anfitriã França está sob o comando de Corinne Diacre. Foto: FRANCK FIFE / AFP

Da AFP - No 49° andar da emblemática Torre Montparnasse, com uma vista privilegiada de Paris, o Comitê de Organização (LOC) do Mundial de futebol feminino da França (7 de junho-7 de julho) entra na reta final dos preparativos, destinados a acolher um público mais internacional do que o esperado inicialmente.

"Tudo está indo rápido, mas está indo bem", diz sorrindo o presidente do LOC, Erwan Le Prevost, que emenda em seu 'quartel geral' entrevistas, reuniões e telefonemas.

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"Cada dia que passa são geradas novas expectativas, as pessoas se dão conta de que a Copa do Mundo chega à França. Todo nosso trabalho se refere a como acolher um público internacional", acrescenta, em entrevista à AFP.

Em um primeiro momento, os organizadores trabalhavam com um esquema de um Mundial em uma escala mais reduzida, para atrair nas nove cidades anfitriãs (Valenciennes, Le Havre, Reims, Paris, Rennes, Lyon, Grenoble, Montpellier e Nice) principalmente o público da região.

Mas "ao longo do último ano, houve uma mudança que não havíamos previsto", com uma importante venda de ingressos no exterior, diz Le Prevost.

"Haverá entre sete e dez mil torcedores holandeses em Valenciennes" para ver a partida entre Holanda e Camarões de 15 de junho. "Por isso estamos em contato com a Federação Holandesa, a cidade, a prefeitura, os serviços de policiamento...", explica o chefe da organização.

'Objetivos alcançados'

Para os 52 jogos do torneio foram vendidos cerca de 750.000 ingressos, o que supõe mais de 50% dos 1,3 milhões colocados à venda, com preços entre 9 e 84 euros. Para a final de 7 de julho em Lyon, todos foram vendidos.

Além dessa partida, outras seis já têm seus ingressos esgotados: a abertura França-Coreia do Sul de 7 de junho em Paris, Holanda-Camarões de 15 de junho em Valenciennes, França-Nigéria de 17 de junho em Rennes, Suécia-Estados Unidos de 20 de junho em Le Havre e as duas semifinais, que serão disputadas em Lyon nos dias 2 e 3 de julho.

Muitos estádios estão virtualmente com suas arquibancadas quase lotadas, o que confirma as boas sensações levando em conta que se trata de futebol feminino, onde o público ainda é modesto na liga francesa, com exceções notáveis como o recorde de quase 26.000 espectadores que em meados de abril foram assistir à partida entre Lyon e Paris Saint-Germain.

Na Copa do Mundo, "os objetivos de venda de ingressos já foram alcançados e vamos superá-los. As entradas para as semifinais, a final e a partida de abertura foram vendidas em 48 horas", se orgulha o presidente da Federação Francesa de Futebol, Noël Le Graët, em entrevista à AFP.

"Obtivemos a sede do Mundial feminino em 2015. Quando conseguimos, nos propusemos a encontrar estádios para o torneio e lotá-los", lembra Le Graët. "O Parque dos Príncipes (estádio do Paris Saint-Germain) me dava um pouco de medo, mas para a partida de abertura tudo foi vendido em cinco minutos", diz ele sobre como a realidade superou amplamente a previsão inicial.

'Público muito familiar'

Com uma partida a cada três dias em cada cidade, as equipes de trabalhadores da organização mobilizadas nas sedes terão continuidade e as tarefas aprendidas.

Para dirigir este Mundial da França-2019, assim como o que foi disputado no ano passado na Bretanha na categoria Sub-20, o Comitê de Organização local dispôs de um orçamento de cerca de 65 milhões de euros, a anos luz dos números do futebol masculino.

No último mundial feminino, no Canadá-2015, o orçamento era de 100 milhões, em um torneio que foi disputado em um território mais extenso. Outra questão chave é a segurança. Ao contrário da Eurocopa da França em 2016, desta vez não haverá partidas de alto risco, nem previsão de 'hooligans'.

O público esperado tem um perfil mais familiar. "Haverá cerca de 30% de crianças em nossos estádios, um público muito familiar, com tudo de bom que o futebol tem. O clima não será tenso como foi em alguns momentos na Eurocopa", destaca Erwan Le Prevost.

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