Da AFP - O presidente da Fifa, Gianni Infantino, que teve que renunciar ao projeto de ampliar de 32 para 48 o número de seleções na Copa do Mundo do Catar-2022, "não podia mudar por um capricho" uma decisão do Comitê Executivo, afirmou nesta quinta-feira (23) Joseph Blatter.
"Ele não podia mudar por um capricho as decisões tomadas pelo Comitê Executivo. Ele queria denunciar a decisão tomada em 2 de dezembro de 2010" de outorgar ao Catar a sede da Copa de 2022 com 32 seleções, criticou Blatter, ex-presidente da Fifa, à AFP.
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Diante dos problemas geopolíticos e de logística, a Fifa anunciou na quarta-feira (22) que renunciava ao projeto de ampliar o número de seleções na Copa do Mundo, uma mudança que envolveria disputar jogos em países vizinhos ao Catar.
"Houve movimentos a favor de um formato com 48 equipes, o que não era nada bom. Querer a qualquer preço organizar a Copa do Mundo na região (Golfo), sabendo que é complicado entrar lá, isso não é o papel do futebol", completou Blatter, 83 anos, suspenso de qualquer atividade ligada ao futebol e obrigado a entregar o cargo de presidente da Fifa em junho de 2015, após envolvimento no maior caso de corrupção da história da entidade.
Blatter confirmou também que entrará na justiça contra a Fifa e Infantino por ter propagado informações falsas e atentar contra sua reputação. "Haverá um ataque judicial de minha parte", alertou.