Sport e Salgueiro chegam para a disputa da semifinal do Pernambucano em condições físicas bem distintas. Se por um lado, o elenco rubro-negro está se dedicando somente ao Pernambucano nesse primeiro trimestre – foi eliminado da Copa do Brasil ainda na primeira fase – e só disputou 11 partidas na temporada, realizando apenas duas viagens (Caruaru, de ônibus, e Tombos-MG, de avião); por outro, o plantel do Carcará tem encarado uma verdadeira maratona e já entrou em campo 18 vezes (Estadual e Copa do Nordeste) nesse ano, encarando oito longas viagens (todas de ônibus), totalizando 8.275 quilômetros de estrada percorrida – quase o dobro do Leão (4.794 km).
“Realmente é muito difícil (encarar as longas viagens). Todos os jogos que fizemos fora de casa nós fomos de ônibus, pois não compensa andar 500 km para o Recife e pegar um avião. Podíamos ir para o Aeroporto de Juazeiro, que é mais perto, mas não lá tem muitos voos. E, quando tem, é só de madrugada. Então, preferimos fazer uma logística que amenize o desgaste do atleta”, declarou Carlos José, diretor de futebol do Salgueiro.
A viagem mais longa que o elenco sertanejo encarou foi para Natal, quando encarou o ABC, pela Copa do Nordeste. De Salgueiro para a capital potiguar foram 634 km percorridos – 1.268 km ida e volta. “Procuramos viajar três dias antes da partida, dar uma noite de sono legal para os jogadores e ter esse descanso maior para encarar a partida”, explicou o dirigente do Carcará.
Apesar desse grande dificultador, o volante rubro-negro Ronaldo aponta um fator positivo nessa sequência de jogos do rival Salgueiro. “Eles devem ter departamentos de logística e de fisiologia competentes para recuperar e dar a melhor condição aos jogadores. Acho que o entrosamento deles, por estarem sempre atuando, acaba preocupando mais. Sabemos que os 4x0 da outra vez já passou. Agora é pensar nesse jogo, pois é uma nova competição. É entrar focado para não errar tanto e conseguir a classificação”, contou.
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