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Dirigentes do futebol afegão são proibidos de deixar país por suspeita de abusos sexuais

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 30/12/2018 às 13:28
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Foto: Guga Matos/JC Imagem

Da AFP - Cinco dirigentes da Federação Afegã de Futebol (AFF), entre eles o presidente da entidade, foram proibidos nesta sexta-feira (28) de deixar o país, após novas acusações de abusos sexuais contra jogadoras da seleção feminina.

O procurador-geral do Afeganistão, Farid Hamidi, proibiu o presidente da Federação, Keramuddin Karim, e outros quatro dirigentes da entidade de viajar de avião e deixar o país "após as acusações de agressão a jogadoras da AFF", afirmou um porta-voz do órgão governamental.

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Uma das jogadoras declarou ao jornal britânico The Guardian que Karim a levou a um quarto secreto perto de seu escritório, a ameaçou com uma arma antes de estuprá-la e golpeá-la no rosto. "Quando recuperei os sentidos, toda minha roupa tinha desaparecido e havia sangue por todos os lados", denunciou a atleta, que não quis se identificar.

"A cama estava coberta de sangue, jorrava sangue da minha boca, meu nariz e minha vagina", completou. Outra jogadora afirmou que foi ameaçada de ter a língua cortada por Karim.

Contactado pela AFP, o porta-voz da AFF, Shafi Shadab, não estava disponível nesta sexta-feira para dar a versão da entidade sobre caso. O procurador-geral suspendeu em meados de dezembro os cinco dirigentes para facilitar a investigação. A comissão de ética independente da Fifa também suspendeu Karim por 90 dias.

A ex-capitã da seleção afegã Khalida Popal, que fugiu do país em 2011 depois de receber ameaças de morte por defender as mulheres do país, declarou ter coletado vários testemunhos de abusos sexuais, ameaças de morte e estupros. Os casos teriam acontecido em sedes da AFF, assim como durante uma concentração da equipe na Jordânia.

Há algumas semanas, o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, se disse "comovido" pelas acusações, afirmando que não irá tolerar "qualquer abuso sexual", e pediu à justiça que abrisse uma investigação.

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