Para que algum integrante da diretoria falasse foi preciso que os repórteres abordassem o diretor de futebol Aluísio Maluf fora da sala de imprensa da Ilha do Retiro após o rebaixamento do Sport. Inicialmente, estava prevista a presença dele, do vice de futebol, Laércio Guerra; e do vice executivo, Gustavo Dubeux ao lado do técnico Milton Mendes. Porém, as cadeiras foram retiradas e só o técnico falou.
Era esperada a presença do presidente Arnaldo Barros, mas o dirigente ficou em casa por recomendação médica.
Na coletiva improvisada, Maluf evitou falar em quais erros da diretoria teriam culminado no descenso do time, mas garantiu que o grupo atual, que assumiu faltando 12 rodadas para o fim do Brasileirão, fez o que pôde.
"Para esse rebaixamento acontecer foram muitas falhas, que têm que ser reconhecidas e consertadas, temos consciência disso. Mas quero que a torcida saiba que nós, como diretores, fizemos o possível nesses 12 jogos. Fizemos uma campanha de 50% que seria de 59 pontos (se estendida para a competição inteira). Não é hora de falarmos de erros porque ainda estamos no calor da tristeza, temos que parar para pensar", ressaltou.
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Maluf admitiu também os atrasos de salários, mas explicou que as informações sobre esse assunto não dizem respeito à diretoria de futebol, mas ao presidente do clube. Por isso, continuou, o estafe do futebol não falou de vencimentos com os atletas. Ainda culpou a economia do País pelo descompasso financeiro não só do Sport, mas de outros clubes brasileiros.
"Quando assumimos tinham algumas folhas atrasadas, mas não falamos de salário porque é um problema sistêmico. O presidente é quem sabe dos créditos. Nós do futebol sabíamos dos problemas mas, por cima, eu sei que o Sport tem muito mais dinheiro a receber do que a pagar. É uma crise no Brasil, vários clubes da primeira divisão estão atrasando e isso tem uma razão".