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Superfinal de tirar o fôlego: Boca x River pelo título da Libertadores

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 09/11/2018 às 20:35
Fotos: AFP.
Fotos: AFP.

Da AFP - O êxtase da paixão futebolística na Argentina ficará à tona neste sábado (10) na disputa de um inédito superclássico do país na final da Copa Libertadores entre Boca Juniors e River Plate, tão populares quanto predestinados a fazer história. O primeiro cenário será a mítica Bombonera do Boca, o estádio que pulsa quando milhares de espectadores saltam e gritam nas arquibancadas. A volta acontecerá no dia 24 no grandioso Monumental, casa do River.

Os que torcem para o Boca e suas tradicionais cores azul e amarelo são os 'xeneizes', no dialeto genovês dos imigrantes italianos que povoaram o bairro portuário de La Boca. Já quem veste a camisa branca da faixa vermelha do River Plate é chamado de 'millionário' (milionário), um apelido que vem do histórico de contratações caras do clube.

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1. Um sonho

É a primeira vez que os dois rivais se enfrentam na final da Libertadores desde que o torneio, o mais desejado do continente, foi criado em 1960.

"É o jogo dos sonhos", declarou o ex-técnico da Argentina Marcelo Bielsa, hoje treinador do Leeds United inglês.

A emoção é de tirar o fôlego de qualquer um na Argentina. Os dois clubes têm juntos 70% dos torcedores do país. É melhor nem pensar na tensão que seria se os dois clubes decidissem o título nos pênaltis, no jogo de volta.

Os rivais se enfrentaram apenas duas vezes em um século na final de uma competição valendo um título oficial. Em 1976, o Boca venceu o River por 1 a 0 e ergueu o troféu do torneio Nacional. Já o River levou a Supercopa argentina naquele mesmo ano ao vencer por 2 a 0.

Lendas do futebol mundial vestiram essas camisas históricas: um tal de Diego Maradona no Boca e o inesquecível Mario Kempes no River.

2. Paixão inexplicável

O difícil é saber qual o maior clássico do mundo. Sim, há outros enormes duelos pelo planeta, como o espanhol Real Madrid-Barcelona, o escocês Celtic-Rangers, o inglês Liverpool-Manchester United, o italiano Juventus-Inter ou até o gaúcho Grêmio-Internacional aqui no Brasil.

Mas um Boca-River tem algo de inexplicável. O diário inglês The Observer afirmou que um amante do futebol "não tem o direito de morrer antes de assistir, pelo menos uma vez, a um Boca-River". Mas também não precisa ser uma questão de vida ou morte: na imprensa argentina é possível ver diversas matérias com conselhos médicos de como se prevenir de um infarto provocado pelo clássico.

Nas semifinais, os dois gigantes argentinos eliminaram clubes brasileiros, com o Boca despachando o Palmeiras em São Paulo e o River levando a melhor sobre o Grêmio em Porto Alegre.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, que já foi presidente do Boca Juniors no passado, tentou convencer os dois clubes a permitir a entrada de torcedores rivais em seus respectivos estádios para as finais da Libertadores.

O mandatário não foi ouvido.

"Não quero ser responsável por uma morte", declarou o presidente do River, Rodolfo D'Onofrio. O atual presidente do Boca, Daniel Angelici, concordou com o rival, devido ao alto número de mortes relacionadas ao futebol na Argentina, mais de 300 em meio século.

A loucura também se reflete na venda de ingressos. Lugares que custavam 90 dólares nas semifinais estão sendo vendidos por 25 mil dólares para a grande decisão. Só podem entrar 53 mil pessoas na Bombonera e 67 mil no Monumental. "Precisaríamos de três Bomboneras", ilustrou Angelici.

Nos confrontos diretos entre os rivais, o Boca soma 10 vitórias a mais, além de ter vencido seis Libertadores e três Copas Intercontinentais. O River soma três Libertadores e uma Intercontinental.

3. Os ídolos

Os dois técnicos são ídolos de suas torcidas. O do River é Marcelo 'Muñeco' Gallardo e o do Boca é Guillermo 'Melli' Barros Schelotto. Ambos são adorados pela fidelidade aos clubes e pelas vitoriosas carreiras como jogadores e técnicos. Gallardo, porém, não poderá estar na Bombonera para o primeiro jogo devido a uma suspensão imposta pela Conmebol.

O trio de arbitragem será chileno, composto pelo árbitro Roberto Tobar e pelos assistentes Christian Schiemann e Claudio Ríos.

- Prováveis escalações:

Boca Juniors: Agustín Rossi - Leonardo Jara, Lisandro Magallán, Carlos Izquierdoz, Lucas Olaza - Nahitan Nández, Wilmar Barrios, Pablo Pérez - Cristian Pavon, Ramón Abila ou Darío Benedetto, Sebastián Villa. T: Guillermo Barros Schelotto.

River Plate: Franco Armani - Gonzalo Montiel, Jonatan Maidana, Javier Horacio Pinola, Milton Casco - Ignacio Fernández ou Bruno Zuculini, Enzo Pérez - Exequiel Palacios, Gonzalo Martínez - Lucas Pratto, Rafael Santos Borré. T: Marcelo Gallardo.

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