Blog do Torcedor - Campeonato Paulista, Carioca, Copa do Nordeste, Libertadores e Champions League ao vivo, com notícias de Flamengo, Palmeiras, PSG e outros clubes
Torcedor

Notícias de Flamengo, Palmeiras, Corinthians, PSG, Real Madrid e outros clubes ao vivo. Acompanhe aqui o Campeonato Paulista, Carioca, Libertadores e a Champions League

[Opinião] Não era o atraso de salário, era a relação diretoria-jogadores que atrapalhava o Sport

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 05/11/2018 às 21:45
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Por Wladmir Paulino

@wladmir_paulino

Claro que Jair organizou a saída de jogo do Sport, Gabriel chegou mais na área, Matheus Gonçalves deu mais velocidade e Milton Mendes injetou uma dose cavalar de confiança. Mas está mais do que claro que a reação do elenco no Brasileirão passa diretamente pela péssima relação com a diretoria de futebol que deixou o clube no mesmo dia em que o técnico Eduardo Baptista pediu demissão. E a entrevista do meia Michel Bastos ao deixar o campo na vitória sobre o Ceará, nesta segunda-feira (5) é o ponto final desta história.

As relações de trabalho no futebol são bastante sensíveis pela inversão de poderes que a Lei Pelé trouxe no final dos anos 1990. De submisso às vontades dos clubes, os atletas passaram a senhores do próprio destino com a extinção passe. Imposições de comportamentos e atitudes, cobranças exacerbadas, ameaças, gritos e palavrões não são mais tolerados.

Leia mais:

Ouça o gol do Sport na voz de Aroldo Costa, o Maior Gol do Mundo

Michel Bastos exalta bom ambiente e lembra turbulência passada

Sport vence Ceará e deixa Z4 da Série A após 11 rodadas

Num passado bem recente, uma crítica dura do então técnico Vanderlei Luxemburgo no vestiário, seguida de uma ameaça pública na entrevista após a goleada sofrida para o Grêmio no Brasileirão de 2017 puseram um fim na relação técnico-jogadores, que culminaram numa queda vertiginosa do time na classificação, que, por muito pouco não custou o rebaixamento. O Sport só se salvou após uma sequência de três vitórias nas três últimas rodadas que garantiram a permanência.

Embora Michel não tenha sido tão explícito na sua argumentação a respeito do ambiente ruim na época das vacas magras, o pouco que falou foi suficente para bom entendedor, até porque descarta de pronto a tese de que os salários atrasados, chegando aos três meses, não entraram em campo.

Em retrospectiva, quem dá o caminho das pedras é o técnico Nelsinho Baptista, em sua incendiária entrevista coletiva de despedida ao citar um clima de 'terrorismo' no ambiente de treinamento:

"Um dia querem tirar o fisioterapeuta, outro querem tirar o analista, o auxiliar... Eles só trazem problemas para a gente dentro do CT. Nós que temos de buscar soluções. Tiraram Aritana, a psicóloga. E a culpa foi minha. Eu não tenho culpa de nada. Foi feito terrorismo em cima de Tacão, de fisioterapeuta, do DM, para tirarem daqui", disse o ex-treinador.

VEJA MAIS CONTEÚDO

Últimas notícias