Num momento em que a sombra dos hooligans volta a assustar a Europa, nove clubes da Inglaterra solicitaram formalmente às autoridades britânicas a liberação de bebidas alcoólicas em seus jogos, de acordo com a Talk Sport, rádio oficial da Premier League. As agremiações usam o argumento do aumento de receita e a paridade com outras modalidades, além da questionável explicação de que o álcool liberado durante as partidas, os torcedores reduziriam o consumo antes, depois e durante o intervalo.
O veto à bebida nos estádios ingleses vem desde 1985, quando os hooligans, os torcedores barra-pesada, iniciaram um grande tumulto na final da Copa dos Campeões da UEFA (como era chamada a atual Champions League), no estádio de Heysel, em Bruxelas, na Bélgica. A briga no estádio tirou a vida de 39 pessoas e deixou um número indeterminado de feridos. A União Europeia de Futebol suspendeu os times ingleses das suas competições por cinco anos, medida que contou com o apoio da Rainha Elizabeth.
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As equipes que pedem o retorno da cerveja integram as divisões de acesso do futebol inglês. São elas: pswich Town (da segunda divisão); Sunderland, Doncaster Rovers e Accrington Stanley (da terceira divisão); e Port Vale, Forest Green Rovers, Lincoln City, Tranmere Rovers e Northampton Town (da quarta divisão).
No momento em que esses clubes pedem uma flexibilização, torcedores ingleses voltaram às manchetes por protagonizarem episódios de violência. Em março, num amistoso entre Holanda e Inglaterra, em Amsterdã, 25 ingleses foram presos por perturbação da ordem. No dia 13, hooligans já estavam em Sevilla, onde o English Team enfrentaria a Espanha dois dias depois pela Liga das Nações. Torcedores que bebiam ao redor do estádio Benito Villamarín provocaram tumulto e depredação de patrimônio público.