Depois da decisão para manter o formato do Campeonato Pernambucano de 2019 seguindo o mesmo modelo deste ano - foi votado na noite dessa quarta-feira (17), em uma reunião arbitral com os clubes na sede da Federação Pernambucana de Futebol -, a entidade mostrou-se contrária ao que ficou decidido. O presidente, Evandro Carvalho, propôs uma mudança em decorrência da dificuldade de datas. Porém, a FPF não pode se posicionar na votação, devido ao poder de veto que foi retirado pelo próprio dirigente.
LEIA MAIS:
> Presidente da FPF, Evandro Carvalho defende extinção da Série D
> Evandro Carvalho será aclamado para mais um mandato na FPF
> Reeleição, defesa de Del Nero e Marín e futuro da FPF: Evandro Carvalho abre o jogo
> “A FPF está sempre junto do Sport”, afirma presidente Evandro Carvalho
"A opinião da Federação era de que só deveria subir quatro e no máximo seis times. Não há necessidade de se fazer disputa de terceiro lugar. Entendemos que o Campeonato deveria ter apenas 12 datas, mas não é a FPF que decide, e sim os clubes", disse Evandro Carvalho em entrevista a Ralph de Carvalho, para a Rádio Jornal, na manhã desta quinta-feira (18). "É o mesmo modelo do ano passado, sem nenhuma alteração. Propomos a mudança pela dificuldade de datas, mas os clubes entenderam que a FPF tem que fazer com 13 datas", continuou.
Mesmo descontente com a decisão dos clubes, Evandro argumentou que esse é um resultado da democracia. "Temos que ver as questões legais. A pedido dos clubes quando assumi, retirei o poder de veto da Federação quanto as decisões. Eu entendo que nós temos que viver em um regime de democracia de direito de representação e de legitimidade dos clubes decidirem o que é melhor para eles. Afinal de contas a competição é feita para eles", afirmou.
Modelo
Seguindo o formato aderido nesta temporada, o Pernambucano, dez clubes iniciarão a disputa na Primeira Fase da competição, de modo que oito avançarão para a etapa seguinte. Os dois piores colocados na tabela de classificação, serão rebaixados. As quartas de final serão realizadas em jogo único, da mesma forma que as semifinais. Apenas na final é que o Estadual contemplará duas partidas.
Evandro também pregou o respeito à decisão da maioria. "É evidente que eles ainda podem mudar, pois a ata não foi assinada nem publicada, mas é uma decisão interna. Não votamos e nem temos poder de veto. Ainda que algumas pessoas digam que eu fiz errado por retirar esse poder, eu sou um democrata por natureza e acredito que temos que viver nesse regime, e nesse sistema de respeito à decisão dos outros", destacou.
