Coluna publicada na edição desta terça-feira (02) no caderno de Esportes do Jornal do Commercio.
Próximo do fim
Não é apenas a árdua tarefa de vencer sete de 11 jogos. Isso é pura matemática. E quando ela entra em campo é sinal de que o futebol acabou ou está perto disso. O que se viu do time do Sport na goleada sofrida para o Atlético Mineiro por 5x2, anteontem, foi algo próximo do fim. O time não era um bando mal posicionado em campo. Se o problema fosse esse, haveria uma luz no fim do túnel, mas quando o problema é a bola no pé, o futuro é bastante sombrio. O grupo atual não deu nenhuma demonstração de que possui capacidade técnica suficiente para tirar o time da zona de rebaixamento. O Leão tem a segunda pior defesa do Brasileirão, com 44 gols sofridos; o terceiro pior ataque, com 23 gols marcados; e é o segundo que menos tem assistências para gol (13). Em suma, deficiências no setor defensivo, ofensivo e de criação. As alternativas são as mesmas e não muito diferentes e, é por aí que se entende o afago de Milton Mendes após a derrota. Um técnico com menos de uma semana de trabalho que apenas apontasse erros dificilmente teria a confiança de um grupo que já está com a autoconfiança lá embaixo.
Ídolo em xeque
O zagueiro Durval fez o pior de seus 472 jogos com a camisa do Sport, fato que aumentou a gritaria da torcida edindo sua aposentadoria. Parar ou não é uma decisão exclusiva do jogador, mas dar um tempo agora é necessário. Ele pode ser importante no vestiiari, mas em campo corre o risco de manchar sua bela história no clube.
CT
A viabilidade do Santa Cruz passa diretamente pelo Centro de Treinamento, muito mais para formar jogadores do que poupar o gramado do Arruda. O clube não pode mais viver no contrata/dispensa.
Reciclagem?
A tal 'reciclagem' proposta pela CBF para os árbitros que erraram na Série A é apitar na Série B ao invés de analisar os erros. Além da estratégia errada, é um claro desrespeito com as equipes que disputam a Segundona.
Agora é colocar em prática
O 1º Congresso de Futebol Pernambucano (CFUT/PE), idealizado pelos técnicos Dado Cavalcanti e Roberto Fernandes mostrou os problemas e o que é preciso para resolvê-los. Quem tem que entrar em campo são os dirigentes. Conduzir os clubes com responsabilidade é o ponto de partida para mudar o péssimo panorama atual.
Palavra do torcedor
"Os diretores do Sport vivem no mundo da lua. Nunca se entrou dinheiro no Sport como nos últimos 3 anos e nunca houve uma auditoria ou prestação de contas transparente. No fina das contas acontecia sempre a mesma coisa, a torcida salvava... esse ano, aparentemente, não tem quem dê jeito, estamos fadados à vergonha que tem tudo para ser pior no ano que vem." Do torcedor Halison Barbosa, na página do Blog do Torcedor no Facebook.
