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Sport: ano melancólico para a família Baptista

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 25/09/2018 às 10:11
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Diego Toscano, do Jornal do Commercio

No Sport, a frase “seguir os passos do pai”, em 2018, foi feita de forma fiel, porém, inusitada. Ontem, Eduardo Baptista pediu demissão do clube exatamente cinco meses depois do pai Nelsinho, no dia 24 de abril, também deixar o clube. A “Família” Baptista fracassou após retornar querendo retomar os dias de glória com a camisa rubro-negra. Eduardo, campeão do Pernambucano e do Nordestão em 2014, sai após ter apenas uma vitória em oito jogos, com 16% de aproveitamento. Já Nelsinho, campeão da histórica Copa do Brasil de 2008, ficou por mais tempo: foram quatro meses, com sete triunfos, sete empates, três derrotas e 51% de aproveitamento.

Nelsinho foi o primeiro treinador do Sport no ano. Voltava após oito anos no futebol japonês. Aqui, encontrou um Leão bem diferente: com problemas financeiros e perdendo craques como Diego Souza (São Paulo), Rithely (Internacional) e André (Grêmio). Tentou reformular a equipe, que nos últimos dois anos sofreu para fugir da queda. Porém, a eliminação para o Central, nas semifinais do Pernambucano, pesou demais. O técnico já entrou pressionado no Brasileiro, durante só duas rodadas.

Após o empate com o Botafogo, pediu demissão detonando a diretoria do Sport. No dia 24 de abril, anunciou sua saída. “Não consigo trabalhar com pessoas que enganam todo mundo. Os problemas são sempre dos outros. Agradeço ao torcedor. Os problemas no campo são os menores possíveis. Da outra vez, saí calado. Agora resolvi falar. Sinto muito pela instituição. Me sinto frustrado”, disse o treinador na época.

Foram quatro meses no comando do Leão, com oito vitórias (Afogados da Ingazeira, Pesqueira, Santos-AP, América-PE, Vitória-PE, Santa Cruz e Salgueiro), seis empates (Flamengo de Arcoverde, Central, Ferroviário, Belo Jardim, Salgueiro e Santa Cruz) e três derrotas (Náutico, Central e América-MG).

Já Eduardo Baptista assumiu o Sport em agosto. Ao contrário do pai, Eduardo não deixou o Sport em direto conflito com a diretoria. Tentou de tudo: mexeu na equipe tecnicamente, com as entradas de Marcão e Jair no time titular. Também tentou organizar taticamente, improvisando o zagueiro Ernando na lateral direita, o ala Cláudio Winck como ponta e até colocando o volante Neto Moura como meia. O último cartucho foi motivacional: na semana passada, antecipou a coletiva e ressaltou a confiança no elenco contra o Palmeiras. “Podia ser Real Madrid ou Íbis. Vai dar Sport”. A derrota por 1x0 para o Porco foi o último ato de uma era que até ajeitou a defesa, mas não conseguiu fazer o ataque funcionar.

“Aos torcedores do Sport, informo que estou me desligando do Sport Club do Recife, em comum acordo com a diretoria. Dei meu máximo nessa minha volta após três anos, mas infelizmente as coisas não aconteceram da forma que esperávamos. Fica aqui meu agradecimento a torcida do Sport, ao clube e, em especial ao Guilherme Beltrão (vice-presidente que também pediu desligamento do clube). Ao Sport, registro todo meu carinho. Seguirei na torcida. Um abraço!”, afirmou o treinador, por meio de sua assessoria.

Em 40 dias, Eduardo Baptista comandou a equipe em oito duelos, com apenas uma vitória (Paraná), um empate (Cruzeiro) e seis derrotas (Santos, América-MG, Botafogo, Bahia, Corinthians e Palmeiras). Em menos de dois meses, teve como grande calo o ataque: a equipe só marcou dois gols no período (Hernane Brocador, de pênalti, e Gabriel), contra 12 sofridos.

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