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Públicos de Sport, Santa Cruz e Náutico caem 50% após o fim do Todos Com a Nota

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 13/09/2018 às 20:15
Foto: JC Imagem
Foto: JC Imagem

Que o cenário é de crise, não é novidade para ninguém. Com Santa Cruz e Náutico amargando a Série C, o Sport lutando para não cair para a segundona há três anos, e as equipes do interior sendo eliminados ainda na primeira fase da Série D, o futebol pernambucano vive um momento no qual agoniza e respira por aparelhos.

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Quase como um reflexo, a presença do torcedor nas arquibancadas também revela o mais caótico dos cenários. Nunca foram registrados públicos tão baixos como nos últimos anos. Com o fim do programa Todos Com a Nota (TCN), em 2015, a situação se agravou. O Blog do Torcedor levantou a média de público do trio de ferro da capital, considerando o calendário cheio das equipes, e constatou uma diminuição de 50,8% dos torcedores desde o encerramento do projeto.

Durante o período de 2010 - quando houve o cadastro digital e a criação dos cartões magnéticos -, até 2015, Sport, Santa Cruz e Náutico tiveram juntos uma média de 17.716 torcedores por jogo. De 2016 para cá, quando o programa foi extinto em sua totalidade pelo Governo do Estado, a quantidade de pessoas caiu para 9.011.

Além da falta de apoio nos estádios, o projeto também trouxe déficit ao cofre dos clubes, visto que, a cada ingresso trocado, havia um repasse de R$ 7,50 para as equipes. Com isso, cada time poderia receber até 15 mil ingressos por partida, o que trazia a possibilidade de retorno de até R$ 112.500 por jogo.

"Enquanto temos no Nordeste os estados aplicando R$ 8, R$ 10 ou R$ 12 milhões, nós não temos nada de origem de programas estaduais. Isso impactou profundamente a situação do Náutico e Santa Cruz", disse o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho.

Conforme o último balanço apresentado,o TCN contava com 420 mil torcedores cadastrados em seus sistema, sendo 49% rubro-negros, 29% tricolores e 21% alvirrubros. O plataforma era válida tanto para o Campeonato Pernambucano, quanto para as quatro divisões do Brasileiro.

Evandro isenta governo

Com o cenário político local ainda indefinido, não se sabe se um dia o projeto poderá voltar a ativa. Paulo Câmara (PSB), candidato da situação, não se posicionou sobre o tema. Armando Monteiro (PTB) disse que retomará o Todos Com a Nota, caso seja eleito.

Vale lembrar que o TCN existia desde 1998, ainda no governo de Miguel Arraes. Segundo o gestor da FPF, no último ano de operação gerou em torno de R$ 24 milhões, com grande parte desse montante dirigindo-se para o futebol. No entanto, o presidente da entidade afirmou que o Governo do Estado não tem culpa pela atual situação dos times pernambucanos, mas sim uma série de fatores, como as dificuldades financeiras em todos os setores.

"A perda dessa receita não é culpa do Governo, mas da estrutura e da crise econômica e financeira do Brasil, que deixou o estado em situação difícil. Por isso o governador teve muita dificuldade e outras prioridades", finalizou Evandro.

Foto: JC Imagem

MÉDIAS DO TRIO DE FERRO:

2010: 19.641 (início do TCN Digital)

2011: 21.941

2012: 18.374

2013: 16.026

2014: 12.598

2015: 12.123 (fim do TCN)

2016: 11.180

2017: 9.110

2018: 6.744

MÉDIAS DO CAMPEONATO PERNAMBUCANO:

2010: 7.007 (início do TCN Digital)

2011: 8.548

2012: 9.133

2013: 5.548

2014: 6.318

2015: 4.590 (fim do TCN)

2016: 3.498

2017: 2.402

2018: 3.396

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