Na partida contra o Confiança-SE, um jogo importante para o Santa Cruz na retomada para a classificação, o torcedor coral teve uma surpresa: Ricardo Ernesto como titular no gol. Agora já são dois jogos consecutivos como goleiro principal do elenco, sem sofrer gols.
O que parte da torcida não sabia, é que outra surpresa também envolvendo o goleiro ao ser convocado para atuar, não chateou Ricardo, como alguns acharam. Aos 31 anos, Ernesto foi convidado pelo presidente do clube, para ser titular no gol do Santa Cruz, na estreia do time no Brasileirão de Aspirantes, o Sub-23.
"Foi no jogo contra o Globo-RN, no intervalo do jogo, nosso presidente(Constantino Jr.) me pediu, me avisou que teríamos um clássico no Sub-23, e me perguntou se eu queria estar participando, e me disse que eles queriam começar com um time forte, para começar bem na competição", revelou.
A partida em questão foi o 0x0 contra o Sport na Ilha do Retiro. Ricardo ainda esteve em campo com o time de base no empate com Atlético Goianiense(1x1 no Arruda), na derrota para o São Paulo(2x0 no Morumbi) e na vitória contra o Grêmio pro 1x0 em casa, onde chamou mais a atenção do técnico Roberto Fernandes para seu momento. Quatro dias depois, foi escaldo no lugar de Tiago Machowski e contou que não ficou chateado pelo fato de ser experiente e ser chamado para atuar com os aspirantes.
"Para mim, ao contrário do que muitos pensam, por ser já de uma certa experiência, e ter uma idade mais avançada, de repente poderia ter ficado chateado, ou menosprezado, porque alguns atletas imaginam ou pensam que eu poderia ter ficado chateado, respeito a opinião de cada um", afirmou.
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Sub-23 deu ritmo de jogo
Transformando um limão em uma limonada, o camisa 25 do Santa Cruz, revelou que a confiança obtida da diretoria e dos atletas mais novos, vendo nele uma referência de experiência, foi importante para ter algo que apenas treinando como reserva no time principal não poderia ter: ritmo de jogo.
Foi jogado as quatro partidas que Ricardo Ernesto voltou ao condicionamento para atuar em alta intensidade como exige a Série C. Esse detalhe, o arqueiro fez questão de dividir com o elenco e contou da felicidade que teve ao voltar para a equipe principal como titular. Os dias no Sub-23, serviram para dar esse ritmo e ele não sentir tanto na goleada do Santa Cruz contra o Confiança-SE, 4x0 para alegria do torcedor coral.
"Para mim foi uma honra, saber e ter a confiança deles, porque a partir do momento que ele solicitou minha presença, senti que ele confiava no meu trabalho e me senti muito feliz. Tenho certeza que foi um dos aspectos que me deixaram em condição de jogo, para dar sequência na Série C e poder entrar sentindo pouco o ritmo de jogo. Acho que isso foi muito importante, graças a Deus espero manter assim esse ritmo até o final", pontuou.
