Por Wladmir Paulino
Twitter: @wladmir_paulino
Se for possível, torcedor, esqueça o resultado de 1x1 e foque no desempenho do Sport. Você vai ver que é assustador e, só com muito esforço, dá algum fio de perspectiva positiva para o futuro. O time vem jogando cada vez pior desde a retomada do Brasileirão após a Copa do Mundo. No jogo com a Chapecoense vimos problemas táticos, técnicos e de montagem de elenco.
Não há no meio de campo, um jogador que tenha como característica a construção do jogo, seja ele um volante ou meia. Quem fazia isso até pouco tempo atrás era Anselmo, que foi embora. O exemplo dessa escassez veio da boca do próprio técnico Claudinei Oliveira ao explicar a entrada de Neto Moura no lugar de Marlone: "O Neto tem um bom chute de média distância". O primeiro trabalho do jogador de meio de campo é construir, coisa que Marlone não fazia e Neto continuou sem fazer.
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O Sport é um time que não cria linhas de passes, que signfica as opções que os jogadores que estão sem a bola dão para quem está com ela. Isso facilita tanto a marcação que o adversário nem precisa ser um grande 'ladrão' de bolas. Essa dificuldade de o time da Ilha construir o jogo levou muita gente a interpretar que a Chapecoense se defendeu bem. Não defendeu, aliás deu espaço. Tanto que, mesmo com todos esses defeitos para criar seu jogo, o Sport conseguiu finalizar nada menos do que 18 vezes. Ainda no primeiro tempo, os rubro-negros tiveram as melhores chances de gol com duas cabeçadas - Fillipe Bastos e Ronaldo Alves - completamente sozinhos dentro da área. Aliás, o mesmo erro cometido pelos catarinenses no gol de Carlos Henrique.
O último ponto é o elenco como um todo. Não há na suplência a perspectiva de fazer o jogo mudar, como uma inversão de posição ou alguém que faça a diferença no jogo um contra um. A última cartada do técnico neste domingo foi um jogador promovido das divisões de base, Hygor. Lançar um garoto numa situação dessa - sem o time encaixado, produzindo razoavelmente - pode-se comprometer o amadurecimento do atleta.
