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Quanto mais Neymar tenta negar sua natureza, mais a reforça

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 30/07/2018 às 20:13
Foto: Lucas Figueiredo/ CBF.
Foto: Lucas Figueiredo/ CBF.

Advertência: o texto a seguir não é um incentivo ao mau comportamento nem à indisciplina

Por Wladmir Paulino

@wladmir_paulino

As reações extremamente negativas ao comercial travestido de pedido de desculpas - e vice-versa - do atacante Neymar poderia, muito bem, fazer uma inflexão na postura do camisa 10 da seleção brasileira e do Paris Saint-Germain. Assumir, de uma vez por todas, sua natureza de bad boy, egocêntrico e mimado. É tudo isso que a propaganda da lâmina de barbear reforça. Sempre que se expressou espontaneamente, o jogador mostrou as tais características pelas quais vem sendo enxovalhado desde a Copa do Mundo. Mas qual o mal em ser 'mau'? O futebol está cheio de exemplos de jogadores que foram grandes, vencedores e passavam longe do 'genro que mamãe pediu a Deus'.

É urgente que Neymar seja quem ele é, porque até hoje as tentativas de bom mocismo só cheiram a falsidade. Soa forçado, calculado, estudado. Como se para falar o que, em tese,  todo mundo quer ouvir, ele sempre precisasse de um filtro ou um ghost writer.

Por isso, Neymar, não negue sua natureza. Abrace-a. Os exemplos estão por todos os lados. O que dizer do bad boy maior, Diego Maradona? Nunca negou quem era e o que fazia e foi um gênio consumado ao ponto de muitos o colocarem acima de Pelé. E Romário? Boquirroto, marrento, indisciplinado quando o assunto era treino, mas um destruidor de defesas. Não ganhou o tetra sozinho, mas muito provavelmente o Brasil não seria campeão sem ele. A Itália de 2006 tinha dois jogadores com aura de 'bandido': Gennaro Gattuso, o temido volante do Milan, notório caçador de canelas alheias. E, só para finalizar essa pequena lista colocaremos Marco Materazzi, o homem da final de 2006. Marcou o gol de empate contra a França, provocou a expulsão de Zidane e ainda teve tempo para converter sua penalidade na disputa que deu o quarto título a Azzurra.

Neymar, você não precisa ser bonzinho para ser um gênio. Precisa ser você mesmo e saber que vai ser criticado e elogiado por fazer o que faz e falar o que fala. Não há um código de conduta para jogadores de futebol que diga: sorria quando sofrer uma falta. Ou como você mesmo disse: "Não dá para dizer: meu amor, dá licença que eu quero fazer um gol".

Agora, se você quiser mudar porque VOCÊ quer, ótimo. Vai te fazer muito bem e todo mundo saberá que foi de coração.

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