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Hexa 50 anos: um título que atravessa gerações no Náutico

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 21/07/2018 às 7:02
O título faz 50 anos, mas a história molda o futuro do clube alvirrubro. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
O título faz 50 anos, mas a história molda o futuro do clube alvirrubro. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

A força e a raça nasceram em 1901 em volta do Rio Capibaribe. Mas foi em 1968 que a união de sete letras mágicas atingiu sua máxima glória, no gramado e longe das águas que deram nome à centenária instituição. Um feito memorável e inigualável, seja por ele mesmo e ou pelos rivais, mesmo 50 anos depois. O dia 21 de julho era um domingo naquele Recife já não mais reconhecido hoje quando o Náutico se sagrou campeão pernambucano. Não, não era apenas mais um título estadual entre os 22 carregados pelo clube. De modo algum. Naquele dia se conquistava o sexto consecutivo de um esquadrão louvado mesmo décadas depois. Um time repleto de heróis alvirrubros e celebrado entre tantos, dando ao Náutico uma inédita projeção nacional (vice da Taça Brasil em 67) e internacional (primeiro do Estado a jogar a Libertadores).

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De apenas passado, porém, o hexacampeonato timbu não tem nada. O médico e torcedor alvirrubro Lucídio José de Oliveira já expressou toda a sua paixão pelo Náutico em livros, entre eles “O Náutico - a bola e as lembranças”, e esteve presente no estádio dos Aflitos durante toda a trajetória, contada na publicação. E ele defende o culto as seis estrelas bordadas no escudo do time de coração. “Não se faz história esquecendo o passado. Isso não é só em futebol. É em política, nas relações da sociedade, na evolução de um país. Não se faz, não se conquista, não se avança se não houver a valorização do que foi conquistado, do que foi feito no passado”, argumenta.

GM, lucídio, náutico O torcedor Lucídio José de Oliveira tem livros escritos relatando a história do clube. Foto: Guga Matos/JC Imagem

Enquanto Lucídio observava de fora, o médio Salomão, como se chamava a sua posição de meio-campista na época, fazia história no gramado. A grandiosidade do hexa é definida por ele em duas palavras: paz e luta. O mesmo que diz o hino quanto ao branco e o vermelho, que quem olha não esquece jamais. Seu objetivo ao rememorar o passado é servir de exemplo aos mais jovens.

Salomão quer dizer e repetir que o caminho de luz de seu esquadrão mostra que sempre é possível alcançar o sucesso. “Representa uma grandeza, um momento importante em minha vida. É preciso saber da resistência. Antes de tudo, seja sempre um forte, independente da idade. Seja sempre um forte na vida. E o futebol faz parte desse quadro”, avalia o alvirrubro.

AG, salomão, náutico Salomão fez parte do escrete vencedor. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

Até quem não era nascido na época sabe da importância que a conquista tem no clube. O atual presidente Edno Melo é sete anos mais novo que o hexa, algo para ele muito mais do que um título simbólico. É o reconhecimento da conquista inédita e resultado de um desempenho acima da média, levando o clube a outros feitos.

“Tornou-se, de alguma forma, um patrimônio incontestável e compartilhado, com muito orgulho, entre todos os alvirrubros. De fato e de direito, algo único e eterno numa vitoriosa e centenária instituição”, disse.

O marco de luta e vitória, segundo o mandatário, significa também a superação de desafios e uma referência para todos aqueles que deixaram de se encantar pelo clube que manda e desmanda, dentro e fora de campo. O hexa é futebol, mas também estímulo para seguir adiante acreditando nos projetos.

A força e a garra que seduzem não ficam só nos anos 1960. É preciso trazê-las para os dias atuais, principalmente em um momento de reconstrução do clube, seja no retorno a sua casa, os Aflitos, ou na luta pelo acesso de volta à Série B nacional. Nas palavras do presidente timbu, “o reconhecimento da história faz parte da construção do futuro, de forma permanente”, consolidando a identidade.

“A volta para o estádio dos Aflitos também é um exemplo. Não se trata de olhar para trás, mas de resgatar ativos do clube e fazê-lo olhar pra frente, com mais engajamento, mobilização, união, fortalecimento institucional, autoestima. Patrimônios solidificam qualquer entidade, incluindo clubes de futebol. Nosso estádio é isso, nosso hexa também”, emendou Edno.

Olhando para frente com a visão de um torcedor apaixonado, Lucídio José de Oliveira define em que o hexacampeonato pode contribuir com o clube da Avenida Conselheiro Rosa e Silva. “Deve continuar a ser cultuado como um dos grandes feitos e que sirva de exemplo para que haja recuperação do Náutico no futuro”, pontuou. Afinal, duas cores e sete letras mágicas representam o caminho de luz.

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