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Ivan Rakitic, o suíço que escolheu jogar com a Croácia

Maria Lua Ribeiro
Maria Lua Ribeiro
Publicado em 15/07/2018 às 8:14
Croata atualmente defende o Barcelona. Foto: AFP
Croata atualmente defende o Barcelona. Foto: AFP

AFP

Entre a Suíça, o país onde nasceu, e a Croácia, pátria de seus pais, Ivan Rakitic tomou uma decisão que permitiu que pudesse neste domingo jogar na final do Mundial-2018 contra a França. O futebol suíço cresceu muito graças aos jogadores de origens muito diversas, com casos curiosos dentro de uma mesma família, como na casa dos Xhaka, com Granit decidindo jogar pela Suíça e seu irmão Taulant pela Albânia, o país de suas raízes familiares.

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Rakitic nasceu em Rheinfelden, no cantão de Argóvia, perto da Basileia. Cresceu em Möhlin, pequena cidade de 11.000 habitantes, onde seu pai, fugindo da guerra na Iugoslávia, criou em 1993 o clube NK Pajde Möhlin, onde Ivan se iniciou no futebol.

Depois ele se uniu ao time da Basileia e, aos 19 anos, passou para o alemão Schalke 04. Mesmo assim, a Federação Suíça de Futebol acompanhou sua evolução de perto.

"O potencial estava ali, não havia dúvidas sobre ele nas seleções suíças. Brigamos para que ele ficasse conosco", declarou à AFP Bernard Challandes, então técnico da seleção juvenil da Suíça.

Apenas em amistosos

Naquela época, o regulamento era diferente e um jogador que disputava uma partida oficial com uma seleção juvenil não podia, em seguida, optar por defender outro país.

"Isso sempre foi claro e explicou o fato de não ter tomado ainda sua decisão. Dessa forma, ele era convocado apenas para partidas amistosas", explica Challandes, que agora é técnico de Kosovo.

Em setembro de 2007, Rakitic finalmente estreou com a Croácia e desde então defendeu o país em duas Eurocopas e dois Mundiais.

"Sei de onde venho. Cresci na Suíça, estou orgulhoso de ter jogado com a Suíça nos juvenis", explicou Rakitic em uma entrevista recente ao jornal suíço Le Temps.

"Estava decidido a jogar com a Croácia e não com a Suíça", acrescentou. E comunicou isso aos técnicos suíço, Köbi Kuhn, e croata, Slaven Bilic.

Rakitic, de 30 anos, é casado hoje com uma andaluza, que ele conheceu em sua passagem pelo Sevilha.

"Ele conduziu sua carreira de maneira muito inteligente, sempre buscando progredir, até chegar ao Barcelona e a sua maturidade como jogador", observa Challandes.

"Tem tudo e nada"

No que se refere a seu estilo, "é um jogador que tem tudo e nada: não é especialmente rápido, não é especialmente forte fisicamente, não é um artilheiro... Mas faz tudo direito, é uma espécie de Zidane que percebe e vê tudo antes que os demais e que é muito bom tecnicamente", destaca o técnico.

Neste Mundial, Rakitic marcou um único gol, na vitória de 3-0 sobre a Argentina. "Ele conseguiu fazer um Mundial muito bom, já que desde o início foi o que é: um jogador indispensável, que nunca ganhará a Bola de Ouro porque não faz bicicletas ou outros detalhes técnicos, mas que joga de maneira tão fácil que a gente às vezes tem problemas para notar como é importante para o time. Ele cumpre seu papel maravilhosamente bem", acrescenta o técnico.

Rakitic é a estrela desta seleção da Croácia junto a Luka Modric. Para ambos, como para seus companheiros, o cansaço depois das eliminatórias com prorrogação será um fator a levar em conta no domingo.

"A chave da partida está na recuperação física. Os croatas vão se recuperar de seus esforços, com um dia a menos de recuperação? Se for assim, então a decisão poderá vir de jogadores excepcionais como Rakitic, Modric ou Perisic, e também de Mbappé ou Griezmann", analisou Challandes.

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