A derrota para o Vasco foi o segundo jogo do Sport sem o volante Anselmo e, desta vez, ficou clara a falta que o camisa 8 faz. Por mais que o time tenha se esforçado para preencher os espaços, o posicionamento do antigo capitão rubro-negro bloqueava justamente a região do campo onde o Vasco conseguiu o primeiro e o terceiro gols e o pênalti que originou o segundo: o espaço entre os dois zagueiros e os volantes.
Anselmo joga - ou ao menos jogava assim no time da Ilha - como um primeiro volante tradicional, protegendo os zagueiros. Se isso não fez falta contra o Atlético Paranaense levamos em conta o estilo de jogo. Os comandados de Fernando Diniz trabalham com posse de bola, toques curtos e pelos lados. A forma de se defender dos leoninos, tirando o espaço e cortando as linhas de passe, surtiu efeito.
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Já o Vasco optou pela bola mais longa, nas costas dos meias, justamente o território que Anselmo ocupava com maestria. Foi assim que Pikachu, mesmo não tendo um porte físico avantajado, girou rápido e marcou o primeiro gol. O segundo foi praticamente um replay do primeiro: a bola lançada na frente dos dois zagueiros, com a diferença que Magrão preferiu cometer o pênalti - que o próprio Pikachu converteria depois.
No terceiro, a diferença foi apenas do personagem. Quem recebeu a bola na frente dos zagueiros foi Andrés Rios para ajeitar, Pikachu chutar e Ramon decretar a vitória no rebote da grande defesa de Magrão, diga-se de passagem.
Por mais que o coletivo já tenha mostrado sua força, o técnico Claudinei Oliveira vai precisar preencher a lacuna: vendo no elenco quem tem a melhor característica para encaixar naquele setor ou, não tendo, partir para outras alternativas, uma contratação ou até adaptar um dos zagueiros à função de primeiro homem do meio.