A dura entrevista de Nelsinho Baptista, denunciando ambiente ruim no CT, reclamando de atrasos salariais e expondo a grave crise financeira, é apenas uma pequena parte da âncora que vem segurando o Sport no fundo do oceano. Relacionamento ruim entre direção e comissão técnica, entre próprio dirigentes, embate entre executivo e Conselho e ameaça de impeachment são outros fatores que explicam a gestão conturbada. Um clube implodido. Politicamente e administrativamente. Tudo refletido dentro de campo. Com o acréscimo da péssima montagem de elenco, no início da temporada.
Problemas que não deve ter solução em curto prazo. Em rota de colisão com o executivo, Homero Lacerda vai levar adiante o pedido de Assembleia Geral. Arnaldo Barros, em vez de tentar minimizar os danos e tentar conciliação, deve ir para o embate com ex-presidentes, mostrando os calos de cada gestão. Só piorando o ambiente.
Sem patrocinador master, com impostos em atraso, bloqueios judiciais e, agora, com o mercado sabendo de toda confusão, será difícil o Leão voltar a respirar de imediato.
