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Designer é notificada pela CBF e faz acordo para não produzir camisa "comunista" com marca da Seleção

Tiago Morais
Tiago Morais
Publicado em 16/04/2018 às 18:58
Designer mineira criou camisa "comunista" da Seleção e foi acionada pela CBF. Foto: Reprodução Facebook
Designer mineira criou camisa "comunista" da Seleção e foi acionada pela CBF. Foto: Reprodução Facebook

O trabalho que começou por uma solicitação de uma amiga ganhou uma repercussão nacional. Uma das camisas mais comentadas nas redes sociais nos últimos dias, vai deixar de circular, pelo menos no perfil da criadora da peça, a designer Luísa Cardoso dos Anjos, de Uberlândia, MG.

Isso porque depois de toda a repercussão que a camisa com o brasão da CBD ( Confederação Brasileira de Desportos) nome anterior da CBF, trazia além da cor, os símbolos comunistas, a foice e o martelo. Luísa afirmou nesta segunda-feira no seu canal no Youtube que imaginava que a marca não tivesse mais em uso uma vez que a entidade com esse nome foi extinta, mas não foi isso que descobriu.

"Eu dei uma entrevista pouco tempo após a postagem, trocamos a marca da CBF pela da CBD que achávamos que era uma entidade que não existe mais. A gente começou a ser procurada por uma quantidade absurda de pessoas querendo a camisa. Eu fui procurar saber da marca da CBD e descobrimos que a CBF detém todas as marcas de tudo o que passou na confederação", disse.

Nessa altura, já recebia milhares de pedidos para compra da camisa, que fez em contraponto à camisa amarela que  nas ruas virou objeto de significação para manifestantes, contra a corrupção, em geral de orientação política de direita.

"Exclui as postagens das minhas redes sociais, e decidi criar uma marca nova. Estava recebendo cerca de 5 mil mensagens, mas como não tenho estrutura de loja só consegui atender. Isso também trouxe visibilidade para a gente, mas também sabíamos que iriamos chamar a atenção da CBF, sou designer e não usaria a marca de ninguém sem direito. Sabia que a CBF me procuraria a qualquer momento, não sabia se na esfera judicial, ou outro modo. Eu esperei, fui conversando com as pessoas e atendendo como eu ia conseguindo", revelou.

Notificação extra-judicial

A designer então esperou que a CBF atuasse para dizer o que pensava sobre a camisa, uma vez que é fácil encontrar pelas ruas das cidades brasileiras, réplicas ou modelos alternativos para a camisa pentacampeã mundial. O contato da entidade veio através dos seus advogados, e fazendo exigências para a designer.

"Na quinta-feira(12), a CBF entrou em contato comigo por um escritório de com uma notificação extra-judicial, explicando como funciona a marca deles, como eles têm registros, me explicava do contrato com a Nike, os direitos exclusivos para produzir as camisetas e me pediram quatro coisas: Que eu não fizesse comércio dessas camisetas, que eu parasse imediatamente a produção e venda. Que tirasse das redes sociais as postagens relacionadas a isso, e por fim que eu enviasse uma carta me comprometendo a não usar a marca deles para nenhum fim. Foi um acordo muito tranquilo", contou.

Luísa garantiu que vai pensar na probabilidade de fazer uma nova camisa, com uma nova marcar parar torcer pelo Brasil na Copa da Rússia.

"Na semana que vem voltando ao trabalho, vou pensar na possibilidade de criar uma marca nova, que não faça referência aos símbolos da CBF e nem na CBD, e a gente vai poder torcer com nossa camisa vermelha, e aí sim eu vou colocar para vender", finalizou.

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