O Náutico visitou a Ponte Preta pelo jogo de ida da quarta fase da Copa do Brasil e viu o adversário liquidar a partida ainda no primeiro tempo, com o placar de 3x0. Com gols de Orinho, Felipe Saraiva e Júnior Santos, a Macaca abriu ampla vantagem no duelo, e complicou a vida do Timbu. Os pernambucanos contavam com vários desfalques no setor ofensivo, e no início do segundo tempo Jobson ainda foi expulso. Os alvirrubros não tiveram forças para diminuir o placar. A partida de volta será na próxima quarta-feira (18) na Arena de Pernambuco. Para reverter, o time comandado por Roberto Fernandes precisa vencer por quatro gols de diferença.
Ponte Preta atropela o Náutico no primeiro tempo
O Náutico entrou na partida parecendo ainda estar em clima festivo, enquanto do outro lado uma Ponte Preta impôs um ritmo frenético. Se nos minutos iniciais a sensação era de um jogo truncado, com erros de passes dos dois lados e a marcação levando vantagem sobre os setores de criação, não demorou muito para os donos da casa tomarem conta do jogo. Aos quinze minutos, a Macaca chegou em jogada pela direita e bola levantada na área. A defesa alvirrubra cortou parcialmente, mas Orinho, livre, pegou a sobra na altura da marca do pênalti para abrir o placar.
Em vantagem, a Ponte aumentou o domínio da partida. O Náutico não conseguia achar soluções para atacar o oponente. Com o ataque formado por Júnior Timbó e Odilávio, além de Gabriel Araújo e Bryan subindo pelos lados, o Timbu era ineficiente. A equipe paulista continuou crescendo e acelerando o jogo, enquanto a única resistência oferecida pelos pernambucanos eram os cortes no último passe, mas nunca o domínio da bola.
O segundo gol veio de uma bela jogada. Marciel lançou de trás do meio do campo para encontrar Felipe Saraiva, com espaço, subindo pela direita. Ele invadiu a área, driblou o primeiro zagueiro, passou do goleiro Bruno e concluiu em gol, aos 20. Seis minutos depois, o terceiro golpe. O Náutico tentava responder no setor ofensivo, mas com um ataque frustrado com Thiago Ennes, a Ponte voltou a tentar puxar o contra-ataque com lançamentos longos. A bola parecia mais para o zagueiro Camutanga, mas Júnior Santos foi para disputa e viu o outro zagueiro, Camacho, derrubar o próprio companheiro. O atacante aproveitou e saiu na cara do gol, para ampliar, aos 26.
A disparidade era tão grande que em um determinado momento da partida existia uma diferença de 70% x 30% de posse de bola para os mandantes. Esse número chegou a diminuir, mas o Náutico pouco fez para melhorar o placar na primeira etapa.
Com um a menos, Náutico não tem fôlego para diminuir placar
No segundo tempo, o técnico Roberto Fernandes optou por fazer duas alterações. O volante Hygor entrou no lugar de Júnior Timbó, e Fernandinho foi acionado para a saída de Gabriel Araújo. Mas foi outro fato determinante que logo aconteceu. Aos 4 minutos da etapa final, Jobson deixou o braço no rosto do adversário e recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso.
Mesmo com um a menos, no entanto, a Ponte Preta ficou longe de mostrar o ritmo imposto no primeiro tempo. As vezes que acelerava o jogo era normalmente com Felipe Saraiva pela direita, que sempre se apresentava muito marcado e pouco criava. O Timbu, quando subia ao ataque, normalmente se precipitava. A primeira boa jogada foi aos 19 minutos. Kevyn escorou a bola para Bryan, que arriscou da entrada da área. O goleiro Ivan defendeu sem dar sustos.
Até o fim, o jogo foi controlado pela equipe alvinegra. Os ataques eram poucos efetivos, mas a atuação ainda era eficiente em conter os avanços do Náutico, que não ameaçou uma reação.
FICHA DO JOGO – NÁUTICO 3 x 0 PONTE PRETA
Ponte Preta: Ivan; Emerson, Renan Fonseca, Reynaldo e Marciel; Nathan, Paulinho e Lucas Mineiro; Felipe Saraiva (Aaron), Júnior Santos (Felipe Cardoso) e Orinho (Murilo). Técnico: Doriva.
Náutico: Bruno; Thiago Ennes, Camutanga, Camacho e Kevyn; Negretti, Jobson, Gabriel Araújo (Fernandinho) e Bryan; , Odilávio (Tharcysio) e Júnior Timbó (Hygor). Técnico: Roberto Fernandes
Copa do Brasil (4ª fase – ida). Local: Moisés Lucarelli, em Campinas (SP). Árbitro: Daniel Nobre Bins (RS). Assistentes: Rafael da Silva Alves e Elio Nepomuceno de Andrade Junior (ambos do RS). Gols: Orinho (P), aos 15 do 1T; Felipe Saraiva, (P) aos 20 do 1T e Júnior Santos (P), 26 do 1T. Amarelos: Kevyn (N), Fernandinho (N), Felipe Saraiva (P), Marciel (P). Vermelho: Jobson (N)
