O futebol ficou em segundo plano na noite dessa quarta-feira, e infelizmente isso não vem sendo novidade nos nossos campos nos últimos anos. A cada confusão dentro e fora dos gramados temos a prova concreta que nossa sociedade vem perdendo para a violência. Sim, não é só o futebol que sofre com os tumultos e atos de violência. Ele é apenas uom reflexo de uma sociedade que vive com medo de sair de casa e não saber se voltará sem ser assaltada ou algo pior.
É um triste cenário que pede ação por parte das autoridades, mais uma vez. E não basta apenas medidas no calor dos ânimos como proibir isso, aquilo ou um grupo de pessoas. Não resolve, não a longo prazo. É preciso mais do que agir para ficar nos holofotes. Planejamento estratégico é necessário, para ontem.
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Só que ao invés desse planejamento estratégico vemos, mais uma vez, os responsáveis jogando a culpa um para o outro, quando na verdade todos são culpados. Tem culpa quem não fiscaliza corretamente os artefatos que entram no estádio, assim como é responsável aquele que não interrompe uma partida com tantas pessoas sendo atendidas no gramado, mas isso é ponto para outro texto.
Aqui vamos discutir nossa derrota para a violência no futebol e na sociedade. Uma goleada que fere inocentes acima de tudo. E que pelo visto vai continuar dada a ineficiência dos responsáveis para agir, sejam eles do poder público ou privado. Sendo assim, não espanta que nossos públicos sejam cada vez menores. O gol de misericórdia será quando não tivermos ninguém nas arquibancadas? Espero sinceramente que esse dia nunca chegue, apesar de saber que ele está próximo pela letargia de quem cuida do nosso futebol.