Em um espaço que ainda não acolhe as minorias propriamente, a Fifa arrecadou mais de R$ 4 milhões em multas por causa de gritos homofóbicos nos estádios de futebol durante a disputa das eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, a ser disputada na Rússia. E no ranking de países mais punidos pela entidade, o Brasil figura na sexta colocação, com o problema relatado cinco vezes e R$ 336 mil na soma das multas.
O jornal Folha de São Paulo fez um levantamento das confederações punidas pela Fifa e dos 15 países que cometeram o ato, 12 são localizados na América Latina. Dos dez membros da Conmebol, oito foram multados por homofobia, com o Chile liderando o ranking, somando dez multas e pagando um total de R$ 794 mil.
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A Argentina está em segundo lugar, seguida por Honduras, México, Peru e Brasil. Integram a lista também El Salvador, Panamá, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai. Os únicos países de fora do continente que receberam a punição da Fifa são os europeus Grécia, Sérvia e Hungria.
De acordo com a entidade máxima do futebol mundial, o dinheiro arrecadado com as punições é destinado a ações sociais que promovem o desenvolvimento do desporto ao redor do planeta.
Tratado apenas como "uma brincadeira" por alguns, a homofobia mata. No mais recente levantamento da ONG Grupo Gay da Bahia (GGB), até o dia 20 de setembro de 2017 foram registrados 277 homicídios tendo a homofobia como causa no Brasil. Como nem todos os crimes contra LGBTs são registrados, o número pode ser pior dada a subnotificação.