O departamento de análise de desempenho do Sport vai ter um pouco mais de trabalho no mapeamento da seleção da Sérvia, adversária do Brasil na fase de grupos da Copa 2018. Como o treinador que comandou o time nas eliminatórias e classificou o país para o Mundial, Slavoljub Muslin, foi demitido no dia 30 de outubro, os europeus fizeram apenas duas partidas sob o comando interino de Mladen Krstajic, que inclusive estava em Moscou no sorteio.
O analista Thiago Duarte acompanhou as duas partidas mais recentes e confirmou que houve uma mudança na estrutura do jogo dos sérvios. "Mudou a forma de jogar e de alguns jogadores. O que temos de informação da Sérvia nas eliminatórias está arquivado e estamos procurando novos dados", disse.
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Segundo ele, o foco na análise de desempenho é identificar padrões de comportamento da equipe, situações que mais se repetem independente das condições de jogo, como movimentações e posicionamentos. "O que a gente procura é uma análise mais qualitativa para ter um background de informações ideal para analisar", pontuou.
Por isso eles não se prendem muito a atuações individuais. Obviamente isso não é deixado totalmente de lado, como explica o também analista Thiago Alves. "A gente traça o perfil individual da equipe, quem são os líderes tecnicamente, mas isso em termos mais coletivos, que é mais importante que o individual. A força do conjunto é mais importante", explicou.
Como os dados não podem vir a público, a dupla informa apenas de maneira mais geral. E o padrão identificado é que a Sérvia não herdou a característica de toque de bola da antiga Iugoslávia, país da qual resultou após uma guerra civil. "Está um pouco diferente. A Sérvia tem um jogo mais reativo. Defende muito bem, fecha os espaços com a defesa fazendo a marcação por zona e basicamente o ataque é em velocidade. Eles não usam a posse de bola, circulação e triangulação como a antiga Iugoslávia. Mas precisamos colher mais informações para prever como vai ser o confronto", afirmou Thiago Duarte.