Há um ano acontecia a maior tragédia do esporte mundial. O avião que levava a delegação da Chapecoense caiu em Medellín, na Colômbia, na madrugada do dia 29 de novembro e fez 71 vítimas, entre atletas, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e tripulantes. Nesta terça-feira (28), o goleiro Jakson Follmann, um dos seis sobreviventes da tragédia, escreveu um relato emocionado das lembranças dos amigos que se foram e novo caminho que percorre na vida.
No post em seu Instagram, Follmann lembrou que estava no clube há sete meses quando aconteceu o acidente, mas sentia que vestia a camisa do clube há anos, pela conexão que sentia com os companheiros de time. "É difícil falar, os sentimentos hoje encontram-se confusos, envoltos de lembranças, recordações de momentos, saudade de amigos/irmãos", escreveu. A publicação é acompanhada de fotos do goleiro em campo com o time, dos momentos em que passou no hospital e do seu retorno aos treinos com bola.
LEIA MAIS:
> Chapecoense: Um ano de saudade
> Buffon presenteia Follman e emociona ex-goleiro da Chapecoense
> Quase um ano após acidente da Chapecoense, Jackson Folmann volta a treinar
Foto: Reprodução/Instagram
O goleiro, que passou por cirurgias e perdeu parte da perna direita, relembrou dos colegas. "Eu guardo cada um dentro do meu coração e das minhas lembranças. Guardo cada sorriso, cada detalhe que vivemos juntos. Meus irmãos vocês me sustentam inúmeras vezes! É por vocês e pela minha família o sorriso no rosto, mesmo que muitas vezes o meu coração esteja triste. É por vocês e pela alegria que tinham que eu continuo sorrindo. Louvar vocês é louvar a alegria que cada um tinha dentro de si", continuou.
Ressaltando o renascimento, Follmann afirmou que está ainda aprendendo a viver e seguir adiante e citou a luta dos 56 dias que passou internado. Para o goleiro, foi preciso reaprender coisas simples, como caminhar ou tomar um copo de água.
"Eu senti Deus todos os dias junto a mim. Quando eu adormecia eu escutava ele sussurrar no meu ouvido: vai ficar tudo bem! Ao mesmo tempo que Deus falava comigo, minha família me sustentava, me dava forças junto dos meus amigos. Eu sentia toda energia emanada a mim, eu sentia o carinho de todos. Toda forma de amor e carinho ajudaram muito no meu processo de reabilitação. Nunca haverá palavras suficientes para agradecer a cada um que orou por todos nós. Amor, saudade, gratidão, Deus, família, amigos, reciprocidade, resiliência, palavras que me sustentam nesses 12 meses. SAUDADES ETERNAS"Jakson Follmann