O quinto prêmio de melhor jogador do mundo para Cristiano Ronaldo era quase óbvio. Mas isso não diminui a força de Neymar por uma simples razão. No próximo ano, a história será escrita de outra forma. Não por este jornalista estar exercendo a adivinhação. É mais simples: 2018 é ano de Copa do Mundo. E o Mundial da Rússia será fundamental para a escolha da Bola de Ouro na próxima temporada. E, hoje, Neymar larga na frente de CR7 e de seu amigo Messi.
Por mais que Portugal venha da conquista de uma Eurocopa, as eliminatórias, tanto da Europa quanto da América do Sul, mostram que o suporte que Neymar precisa para brigar pelo prêmio máximo é mais forte do que seus concorrentes dispõem hoje. O momento da seleção brasileira após a chegada de Tite ao comando é um dos melhores desde o time de Parreira triturou adversários de 2003 a 2005 - mas falhou na hora H, a Copa da Alemanha.
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Neymar tem alguns dos melhores coadjuvantes do mundo, entre eles os laterais Daniel Alves e Marcelo. Além do meia Philippe Coutinho, o volante Paulinho e o atacante Gabriel Jesus - este último deve frequentar a festa dos melhores da Fifa num futuro próximo. Messi tem companheiros qualificados entre o meio de campo e ataque, mas um degrau abaixo dos brasileiros. Some-se a isso a dificuldade que a Argentina tem defensivamente e as poucas oportunidades de colocar o time para jogar que o técnico Jorge Sampaoli terá até junho.
Cristiano Ronaldo foi decisivo para classificar Portugal para a Copa, mas só o fazendo na última rodada. Mesmo assim, os campeões europeus não foram testados com tanta dificuldade como foram os brasileiros.
O protagonismo de Neymar no Paris Saint-Germain pode pavimentar seu caminho, se as diferenças com Cavani forem realmente deixadas de lado e o jogador aprender que será caçado até a exaustão e saber usar isso em seu favor. Depois, a Copa do Mundo pode ser a cereja no bolo. O hexa na Rússia pode, finalmente quebrar os dez anos de domínio da dupla Messi/Ronaldo.
