Por Leonardo Vasconcelos, do Jornal do Commercio - Quem chega na sala de irmã Socorro mais parece estar dentro de um estádio. Mas não um estádio qualquer e sim na Ilha do Retiro, dada a quantidade de adereços referentes ao Sport presentes nela. São diversos acessórios em vermelho e preto ornamentando o recinto. Posso sentar? “Fique à vontade!”, ela responde apontando para as cadeiras presentes em sua sala, sendo que uma delas coberta com a bandeira do Leão.
“Aqui todos são bem-vindos, mas quem é rubro-negro tem uma cadeira exclusiva. Só senta aí quem honra o manto e é torcedor do Sport”, explica a freira para qualquer um que adentre o recinto pela primeira vez. Pergunto se quem senta na cadeira com a bandeira leonina tem algum tipo de preferência e ela garante que não. “Trato todos iguais. Quem não é rubro-negro senta nas outras cadeiras e atendo da mesma forma. Apenas como rubro-negra reservei um lugar especial para quem torce pelo mesmo time que eu”, justificou.
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A irmã conta que não comprou nenhum adereço da sala. Ganha todos de presente dos funcionários, professores e alunos. Entre os mimos, duas miniaturas da religiosa em bonecas de biscuit: uma de hábito em pé com um leão ao lado e outra com um vestido rubro-negro sentada em um banco. O presente mais especial ela usa na cadeira em que senta e foi dada pessoalmente pelos jogadores do Sport: uma camisa autografada pelo time de 1998. “Eles vieram aqui e assinaram essa camisa para mim!”, contou, orgulhosa.
Ao comentar sobre o atual elenco do Sport, ela mostra o lado de torcedora crítica. “Não tem oração que dê jeito, eles têm mesmo é que jogar bola”, disse, num raro momento em que não sorriu.