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Há 14 anos, Kaká mostrava seu cartão de visitas no Dérbi de Milão

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 05/10/2017 às 15:42
Melhor momento da carreira do jogador foi no Milan. Foto: AFP.
Melhor momento da carreira do jogador foi no Milan. Foto: AFP.

Wladmir Paulino

@wladmir_paulino

Há 14 anos nascia a lenda. E com uma certa dose de improbabilidade. Um cruzamento preciso de Gattuso, sim, aquele volante brucutu, e com o pé esquerdo, pôs a bola na cabeça de Kaká, que entrara na pequena área como um raio para marcar o segundo gol do Milan no derby contra a Inter de Milão. Foi o primeiro clássico do meia brasileiro, então com 21 anos. Ali, o jogador que viria para ser um reserva de luxo, atropelava todos os prognósticos para se tornar o carque maior de um time que já era uma constelação.

Para completar o cartão de visitas, camisa 22 ainda não engoliu a catimba argentina. Partiu para cima de Kily González, entrevero que resultou em cartão amarelo para os dois. Anos depois ele reconheceria que fez aquilo para marcar território e não estava no Milan para passar uma chuva. "Eu precisava me impor naquele momento. Não por maldade, mas para mostrar que estava ali de fato, que vim para ficar, que não era só um garoto".

Terminou eleito o melhor do jogo e sua reputação só fez subir na Europa. Ao seu talento natural adicionou força, velocidade e inteligência tática. Virou tituar absoluto e sua camisa era a mais vendida do clube. A relação chegou ao ápice na temporada 2006/2007, quando o Milan deu o troco ao Liverpool e venceu a Uefa Champions League. O brasileiro terminou como artilheiro daquela edição, com 10 gols.

No final daquele ano conquistaria os maiores prêmios da carreira: escolhido o melhor da Europa pela revista France Football e a Bola de Ouro da Fifa. Aliás, ele foi o último a conquistar o prêmio antes da hegemonia da dupla Messi/Cristiano Ronaldo. Em 2008, o Manchester City, inflado pelos petrodólares de um grupo de Abu Dhabi, ofereceu 105 milhões de euros para tirá-lo de Milão. Extremamente identificado com o clube, Kaká recusou, contrariando até a própria família.

No entanto, a oferta do Real Madrid, no ano seguinte, de 65 milhões euros fez o próprio Milan forçar sua saída, pois, na época, já se encontrava atolado em dívidas, resultado dos erros cometidos pelo então chefão do clube, Silvio Berlusconni. Em Madrid, Kaká seria a estrela da nova versão dos Galáticos, tendo como codjuvante o português Cristiano Ronaldo.

Mas com a bola rolando, ele não repetiu as mesmas atuações da Itália e viu Cristiano com um apetite insaciável para gols conquistar os corações madrilenhos Entre altos e baixos provocados por uma lesão grave no púbis, não conseguiu a sonhada Champions League e voltou para o Milan em setembro de 2013. Ao final da temporada, que terminaria em 2014, pediu para sair, decepcionado pela não classificação para a Liga dos Campeões. Foi para o Orlando City, dos EUA. Ficou o restante do ano no São Paulo, pois a temporada norte-americana começaria apenas em 2015. Voltou ao Orlando e segue jogando a MLS (Major League Soccer).

Kaká é o brasileiro com mais gols marcados na Champions League, 30.

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