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Cristiano Ronaldo disseca sua alma vencedora em texto no Players Tribune

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 03/10/2017 às 17:33
Foto: AFP
Foto: AFP

Simplicidade e ambição talvez sejam duas características que não possam andar de mãos dadas. Mas quando se trata do atacante português Cristiano Ronaldo, as coisas giram em outra rotação. Em texto publicado no site The Players Tribune, o camisa 7 do Real Madrid tenta explicar sua insaciável fome de gols e conquistas ao mesmo tempo em que descreve a melhor sensação após ter sido campeão europeu com o Real Madrid na última temporada: dar a volta olímpica de mãos dadas com seu filho, Cristiano Jr.

CR7 começa a narrativa lembrando os dias de infância na Madeira e a sensação quando sua mãe e irmãs o assistiram em campo pela primeira vez. O time era o Andorinha FC, do qual seu pai era roupeiro. Desde o primeiro dia, explodiu no garoto, com sete anos, uma cvontade incontrolável de vencer. "Fiquei viciado na estrutura e no sentimento de ganhar".

Mas foi aos 11, saudoso e choroso pela distância da família, defendendo o Sporting, de Lisboa, que tudo clicou. À consciência de que era melhor do que todos à sua volta, misturava-se a frustração por não ter um porte físico avantajado, já naquela época um gênero de primeira necessidade para jogadores de futebol. Todo mundo se admirava com o que ele era capaz, mas... "é uma pena que ele seja tão pequeno", recorda.

E reconheceu que era magro e precisava crescer. "Então eu tomei uma decisão aos 11 anos de idade. Eu sabia que eu tinha muito talento, mas decidi que iria trabalhar mais do que todos. Eu ia parar de brincar como uma criança. Eu ia parar de agir como uma criança. Eu ia treinar como se eu pudesse ser o melhor do mundo."

Mais adiante, o português descreve o que sente de forma desconcertante. Como algo que nunca vai acabar, quanto mais se tem, mais se quer. Um ciclo vicioso de desejo e satisfação. "Quando você ganha, ainda é como se estivesse morrendo de fome, mas você comeu um pouco de migalha. Esta é a única maneira que eu posso explicar." Aos 15 ouviu risadas quando disse aos colegas que ainda seria o melhor do mundo.

O atacante lembra das conquistas pelo Manchester United e do sentimento com o qual ele compartilha, que move o Real Madrid. "Em Madri, se você não ganhar tudo, outras pessoas consideram isso um fracasso. Esta é a expectativa de grandeza. Este é o meu trabalho."

Por fim, lembra da última decisão da Champions League, quando comemorou com seu filho e o filho do lateral-esquerdo Marcelo, todos juntos de mãos dadas. Sim, ele fala em ainda conquistar muitas coisas em Madrid, mas o que vai contar aos netos 'aos 95 anos' é "é a sensação de caminhar pelo campo como um campeão, de mãos dadas com meu filho."

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