Para o técnico Roberto Fernandes o Náutico não tem como não errar, o problema é fazer com que os erros nesses 12 jogos restantes sejam por excesso e não falta. Ele fez essa comparação baseado nos últimos jogos em que o time tomou gols de frente e 'parou de jogar', minando qualquer possibilidade de reação. Para ele é preciso arriscar mais e, por isso, diz ele, a escalação do time tem sempre buscado uma marca mais ofensiva. O ponto de partida era o jogo com o Figueirense, mas ele não conseguiu repetir aquela formação.
"Aquela escalação não foi repetida pelas circunstâncias da competição. Muitas vezes o torcedor diz: 'coloque o time para a frente'. Eu digo: 'olhe a escalação'. O Náutico não tem jogado recuado, mas em determinados momentos a falta de confiança faz com que ao invés de arriscar um chute, o jogador transfira a responsabilidade para um passe lateral. E temos feito o que podemos em termos de treinamento e conversa".
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Sobre o ataque, no final o grande responsável por esse arriscar que o técnico gostaria de ver com mais frequência. Mas ele explica que o atacante não é só o 'sete', o 'nove' e o 'onze'. Os jogadores de meio de campo que encontram espaço para entrar na área ou um defensor que tenta o cabeceio num escanteio também funcionam como atacantes.
"Ataque é a equipe oda. É o zagueiro que vai na área no escanteio, o meia e o volante que têm espaço para chutar e não arriscam. Se o Náutico melhorar o desempenho ofensivo tenho muita expectativa que vai brigar até o final. Se vai sair (do Z4), não sei", pontuou.