O técnico do Sport, Vanderlei Luxemburgo, não está reconhecendo na torcida do Sport a mesma que ele encarou como adversário em tantas oportunidades. Para o técnico está faltando quantidade e participação dos rubro-negros e sobrando impaciência. Com exceção dos dois jogos na Arena de Pernambuco, que ele, inclusive, diz ter visto o torcedor mais preocupado com coisas não pertinentes à partida, os públicos foram baixos e tímidos.
Ele ressaltou que um dos fatores que o fizeram aceitar a oferta para treinar o Sport era a força que a torcida impunha aos seus atletas e dificuldade aos adversários. "Quando eu enfrentava o Sport era uma dificuldade muito grande ganhar aqui. A Ilha sempre lotada, e participativa com a equipe. Só tive dois jogos aqui com público grande: Palmeiras e Chapecoense, mas o torcedor da arena é de coca-cola e sanduíche, vai para lá mas não está muito ligado", disse.
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A Ilha ele não conseguiu ver lotada e nem fervendo. Para Luxa, o impulso das arquibancadas mexia muito com os brios dos jogadores e inibia os rivais. Hoje, as reclamações aparecem com menos de um terço do primeiro tempo. "Com cinco, dez minutos, começam a vaiar, vão atrás do meu banco falar de um ou outro jogador", pontuou.
Ele concluiu seu raciocínio confirmando que está preocupado com esse comportamento. Por isso fez um apelo para que o torcedor não só vá ao jogo contra o Vasco, mas também participe ativamente. "Continuo contando que o torcedor tem que voltar a fazer da Ilha a pressão para o adversário sentir dificuldade para ganhar da gente lá".