Claro que a crise financeira atrapalha. E muito. Mas é possível o Santa Cruz escapar de mais um rebaixamento, mesmo todo endividado, com a mudança no comando técnico. Agora com a troca de Givanildo Oliveira por Marcelo Martelotte, é provável que vários problemas sejam consertados. Pelo menos os de campo.
Com Givanildo, estagnação. Falta de visão do que estava dando errado. Mesmo sabendo que havia muito a melhorar. O antigo treinador não alterava esquema de jogo. Não tinha alternativa tática. Só de peças. Pouco para quem estava em queda livre. Que viu a briga pelo G-4 se transformar em batalha contra o Z-4 em pouco mais de um mês.
Ciente dos salários atrasados e da enxurrada de ações trabalhistas, Martelotte sabe como segurar o grupo. E como dar um mínimo de evolução. Tanto no título estadual de 2013, quando no acesso de 2015, conseguiu fazer o Santa crescer. Jogou mais fechado em alguns jogos, soube soltar em outros, até escalou quatro meias de uma só vez. Fez testes. Enxergou a necessidade de mudanças.
E pode repetir agora. Mesmo com elenco mais limitado. E com o clube com bem menos recursos.