A mais nova derrota do Náutico na Série B do Campeonato Brasileiro, desta vez para o Paysandu, no Mangueirão, foi marcada pela improdutividade da equipe com a bola nos pés. O Timbu até teve posse da redonda, 49,7%, e trocou mais passes do que o adversário, 253, mas chutou muito pouco. Ao contrário do adversário que, se também não brilhante, pelo menos conseguiu criar mais no ataque.
Ao todo, o Paysandu conseguiu dez finalizações contra seis dos alvirrubros. Detalhe que dessas conclusões do Náutico apenas duas foram na meta, e ainda assim vindas de fora da área. Ou seja, o Timbu mal agrediu o adversário.
LEIA MAIS:
> Beto Campos lamenta desfalques do Náutico após nova derrota
> Autor da lei do ex, Bergson ironiza torcida do Náutico: “Obrigado pela motivação”
> Náutico vai mal e ainda sofre com arbitragem em nova derrota
Essa postura vem sendo uma tônica do Náutico na Segundona. O time é o segundo que menos finaliza certo na competição, com apenas 55 chutes certos. Apenas o Vila Nova, com 51 tem um desempenho tão baixo, mas com a diferença de estar brigando pelo acesso e não contra o rebaixamento.
Muito disso ocorre pela maneira como o Timbu gere o seu jogo, com muitos lançamentos e pouco trabalho na parte ofensiva do campo. Tanto é que os jogadores que mais passaram na equipe alvirrubra contra o Paysandu foram Darlan, Amaral e Breno Calixto, dois volantes e um zagueiro. Já Diego Miranda, por exemplo, passou a redonda apenas 13 vezes. Ou seja, Quem de fato deve criar não toca na bola. Não é o único argumento para a derrota, lógico, mas explica muito.