Por fazer parte dos 20 clubes que disputam a Série A e também a Copa do Nordeste, o Sport entrou, mais uma vez na segunda fase, denominada Hexagonal do Título. E com fortes suspeita de que não iria fazer muita força, pois o próprio presidente sempre bradara aos quatro ventos que o Campeonato Pernambucano não era prioridade. Ainda assim foi o time principal que estreou contra o Central e venceu sem sustos por 3x0.
Foto: André Nery/JC Imagem
Suspeita que ganhou força logo na segunda rodada, por coincidência diante do futuro adversário na final, o Salgueiro. O então técnico Daniel Paulista optou pelo 3-5-2 com o time completamente formado por reservas. Não foi brilhante mas jogou o suficiente para ficar no 0x0. Na partida seguinte, foi mantida a formação e, na Ilha, aos trancos e barrancos, vitória sobre o Belo Jardim, que, inclusive, valeu a liderança do Hexagonal.
A quarta rodada previa o Clássico das Multidões. E aí, reserva ou titular? Para evitar uma imagem arranhada em caso de derrota, foi mesmo o titular. E até começou bem com um golaço de Diego Souza. Mas o Santa reagiu, empatou e mesmo com um jogador a menos na maior parte do segundo tempo - André Luís foi expulso - foi o time a chegar mais perto da vitória. Clássico de novo na rodada seguinte, agora com o Náutico. Era canseira demais para o time principal.
Os reservas entraram em campo contra os titulares do Náutico e viram os rivais saírem na frente com Erick batendo pênalti. Ainda no primeiro tempo, Neto Moura empatou. O jogo seguiu morno até Rodrigo Souza botar a mão na bola no último minuto. André, que ainda procurava o melhor ritmo de jogo, pediu para bater e mandou nas mãos de Tiago Cardoso. Ficou tudo igual mesmo. Na virada para os jogos de volta, novo confronto com o centenário rival. Agora com o time titular. Mas não deu certo e o Náutico venceu por 2x1.
As críticas ao técnico Daniel Paulista se avolumaram e não diminuíram com a vitória dos reservas sobre o Belo Jardim por 1x0. A classificação para as semifinais ficava bem encaminhada. Mesmo assim, a falta de vitórias em clássicos levou o clube a mandar o time titular no segundo confronto com o Santa, que mandou um time reserva, agora na Ilha. Rogério abriu o placar, mas Pereira, numa bela cobrança de falta, deixou tudo igual. E outro 1x1 para a conta. Foi o fim para o técnico Daniel Paulista, substituído por Ney Franco.
Foto: Guga Matos/JC Imagem
A rodada seguinte guardava o segundo confronto com o Salgueiro. De olho nas quartas de final do Nordestão, a decisão do Sport foi ainda mais radical. Mandou a campo o time sub-20, comandando pelo técnico da categoria, Júnior Câmara. Aos dois minutos, o Carcará fez 1x0 e deu a perspectiva de que venceria fácil. Mas a garotada rubro-negra chegou ao empate com Índio e Fábio, num belo gol, decretou a virada. O Salgueiro, em ritmo lento, só não perdeu porque João Erick marcou contra. O Salgueiro já era o líder do Hexagonal com 20 pontos enquanto o Leão ficava em segundo com 14. Na última rodada, os reservas voltaram para vencer o Central, no Arruda, por 3x1.
SEMIFINAL
Foto: Diego Nigro/JC Imagem.
A presença leonina na final chegou a ficar ameaçada. Novamente com o time principal, o Sport abriu a semifinal diante do Náutico, na Ilha do Retiro. Depois de pressionar o primeiro tempo inteiro, o Sport viu o Timbu abrir o placar numa cobrança de falta de Marco Antônio. Aos seis do segundo, Diego Souza aproveitou bate-rebate na área e deixou tudo igual. O time da casa continuou a perder chances, diferente de Anselmo que deixou seu time na frente outra vez aos 19. Aos 39, Páscoa marcou o terceiro, mas a arbitragem marcou falta do zagueiro em Magrão. Do outro lado, Diego Souza reclamou de um puxão de Nirley dentro da área. Coube ao garoto Juninho, com dois gols aos 45 e 46 minutos decretar a primeira vitória rubro-negra em clássicos.
No segundo jogo o Náutico foi à frente e abriu o placar com Giovanni usando a cabeça. Na mesma moeda, Matheus Ferraz deu o troco. No resto da partida, o time de Ney Franco se defendeu bem, segurou o adversário e teve até chance de vencer se Rogério não tivesse desperdiçado duas grandes oportunidades em contra-ataques.
FINAL
O Sport entrou em campo na primeira partida da final empolgado pelos 2x0 em cima do Santa Cruz apenas três dias antes. O jogo, no Arruda, valeu a vaga para a decisão da Copa do Nordeste depois de ter perdido na Ilha por 2x1. Nem mesmo a ausência de Diego Souza, machucado, tirava a empolgação da torcida, que compareceu em bom número, na Ilha. E o time correspondeu no primeiro tempo dominando as ações e dando muito trabalho à defesa do Salgueiro, que eliminara o Santa Cruz de forma brilhante. Na pressão, André abriu o placar e assim terminou a primeira etapa. Na volta para o segundo tempo, o time sertanejo foi à frente e encurralou o Leão em seu campo defensivo. De tanto pressionar, chegou ao empate aos 45 minutos num lance bastante polêmico. O árbitro José Woshington marcou pênalti de Raul Prata em Toty. Mas pediu a confirmação ao árbitro de vídeo. Após quase sete minutos confirmou a penalidade, convertida por Jean Carlos.
A campanha:
Hexagonal do Título
28/1 - Sport 3x0 Central
2/2 - Salgueiro 0x0 Sport
15/2 - Sport 1x0 Belo Jardim
18/2 - Santa Cruz 1x1 Sport
1/3 - Sport 1x1 Náutico
5/3 - Náutico 2x1 Sport
19/3 - Belo Jardim 0x1 Sport
26/3 - Sport 1x1 Santa Cruz
3/4 - Sport 2x2 Salgueiro
9/4 - Central 1x3 Sport
Semifinal
16/4 - Sport 3x2 Náutico
23/4 - Náutico 1x1 Sport
Final
7/5 - Sport 1x1 Salgueiro
28/6 - Salgueiro x Sport
Resumo:
15 jogos
6 vitórias
7 empates
1 derrota
20 gols pró
12 gols contra
