O técnico Evandro Guimarães elogiou o uso do árbitro de vídeo no empate entre Sport e Salgueiro na Ilha do Retiro, na tarde deste domingo (7). Ele parabenizou a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) pelo pioneirismo com o recurso. Na visão do treinador do Carcará, a tecnologia levará justiça às partidas com times grandes e pequenos.
O comandante salgueirense afirmou que o recurso vai fazer com que a arbitragem olhe, revise o lance e dê o pênalti. "Como posso querer que as coisas sejam éticas e direitas, se eu acho que tem que ter malandragem? Que jogador tem que se jogar? Se foi pênalti, ele vai dar pelo video, pelo auxilio. Temos que parabenizar a FPF pela ousadia de implantar esse sistema", elogiou Evandro.
O Carcará perdia por 1x0 quando, já no último minuto dos acréscimos, o lateral rubro-negro Raul Prata cometeu pênalti. O árbitro José Woshington foi consultar o árbitro de vídeo e validou o lance. Jean Carlos converteu a penalidade e igualou o placar.
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Ao explicar a situação, o técnico relembrou a final que disputou contra o Bahia em 2015, quando comandava o Vitória da Conquista. Na ocasião, segundo ele, o árbitro deu dois pênaltis e uma das jogadas foi duvidosa. "Poderia ter perdido a final, mas não daquele jeito, porque foi muito injusto o que fizeram conosco lá", contou. Se tivesse o árbitro de vídeo, Evandro acredita que teria sofrido menos.
Como ainda não se sabe se o recurso vai ser usado no segundo jogo da final, no estádio Cornélio de Barros, o treinador citou o benefício que ter o árbitro de vídeo pode dar ao esporte como um todo. "Precisamos de ética no futebol. Do jogador cair e do vídeo falar que foi normal a jogada. Não vai mais beneficiar time grande só, vai beneficiar pequeno também. Temos que ser pela justiça, que fica mais bonito e a vida fica melhor."
Evandro Guimarães também usou o filho como exemplo para querer um futebol limpo. "Não quero que meu filho, quando alguém esquecer um celular, troque o chip. Quero que ele devolva. Se achar uma carteira no chão, entregue. Temos que começar daqui, limpar o futebol. Porque as pessoas pensam que o futebol é muito sujo e não é por aí. Tem muita coisa bonita e séria, pessoas trabalhando e famílias defendendo o pão. Há pessoas sérias batalhando nessa nossa área e temos que prezar por isso", concluiu o técnico.
