Em tempos de discursos que alimentam revides desnecessários à atitude de Halef Pitbull, que subiu no escudo do Sport para comemorar o segundo gol na vitória por 2x1 no último sábado, na Ilha do Retiro, o técnico Ney Franco agiu no sentido oposto e se portou como um verdadeiro comandante de um time de futebol. Ignorou completamente uma necessidade de "revide" por parte dos rubro-negros e focou somente o futebol. O argumento é justamente um que já foi colocado inclusive aqui no Blog. O Leão tem muitos mais problemas para se preocupar do que apenas em subir no escudo adversário.
"Nossa preocupação maior é o futebol. Nosso é não outra coisa que não seja a vitória. Nosso desafio é conseguir a classificação. Se houve desrespeito, não é meu jogador depois que vai resolver. Não sou dessa política. O que mais quero é a classificação para a próxima fase. Estou no Sport e respeito Santa Cruz e Náutico. "Vai ser pedido meu. Não vejo necessidade alguma de atleta do Sport desrespeitar o Santa Cruz"", disse Ney.
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O discurso vem em ótima hora e serve de referência a Rogério, que ignorou completamente o fato do Sport precisa reverter o placar da semifinal para se preocupar com uma coisa pequena como a retribuição de um gesto feito na ida. De que adianta algum jogador do Leão subir no escudo rival e ser eliminado? É um revanchismo barato em que o futebol perde.
Menos ruim que Ney Franco veio com essa postura para praticamente eliminar a chance de algo que seria muito feio para a semifinal do Nordestão. Pitbull errou, mas não é com outro erro que se corrige tudo. Assim, ganha o futebol e ganham as instituições Santa Cruz e Sport, que merecem respeito igual. E não existe melhor demonstração disso do que se doar ao máximo dentro de campo. Vencer ou perder faz parte do esporte. Os clubes são maiores do que isso e devem se portar de com tal grandeza.
