Um dos maiores desafios administrativos do Santa Cruz tem sido conseguir a Caixa Econômica Federal como patrocinadora master do clube. Segundo a diretoria coral, o dinheiro já estaria reservado para o Tricolor, um montante de R$ 2,4 milhões por ano, mas o clube esbarra em problemas com a Justiça Trabalhista.
Tudo isso faz parte de uma herança de anos de acúmulo de processos e pendências. Para se ter uma ideia, a atual dívida trabalhista do Santa é de cerca de R$ 60 milhões, com processos até de 2001. Durante a atual gestão, foram quitados 31 destes processos, mas ainda restam 180 em curso.
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O Tricolor precisa de uma certidão negativa para conseguir firmar o patrocínio com o banco, mas esse problema tem que ser resolvido com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e com o Tribunal Superior do Trabalho (TST). O presidente Alírio Moraes embarcou na madrugada desta terça-feira (4) ao Rio de Janeiro, de onde seguirá para Brasília onde tentará uma certidão positiva com efeito de negativa, ou seja, o clube admitirá as dívidas, mas comprova que serão pagas, como explicou a comunicação do Santa Cruz.
O prazo para apresentar essa documentação, que era até o fim de março, foi estendido até o fim deste mês. Caso consiga, existem duas possibilidades para o recebimento do pagamento. A primeira seria o Santa Cruz receber as parcelas referente ao resto do ano, que, fechando o patrocínio este mês seria de R$ 1.600.000 até dezembro. Caso prefira receber o ano completo, ficaria com os R$ 2,4 milhões até abril do ano que vem.
Essa segunda possibilidade, embora pareça mais vantajosa, pode deixar de ser num eventual aumento - provável - do dinheiro distribuído pelo Caixa no ano que vem. Ou seja, caso o Santa Cruz conseguisse e fechasse o contrato até abril, poderia perder a parcela inicial dos aumentos de um ano para o outro.
