A iminente venda do lateral-esquerdo Renê para o Flamengo é boa para o Sport, lógico. Afinal, o clube vai ganhar dinheiro com a negociação. Com essa verba, pode não só contratar um substituto para o jogador como também pensar em outros investimentos. Só que isso só foi possível porque no passado o Leão acreditou no jogador e acima de tudo teve paciência com o seu futebol. O ganho atual é reflexo do que ocorreu antes.
Renê não estourou no Sport assim que subiu da base. Sabia-se que ele tinha potencial, mas essa comprovação não veio de cara. Demorou tempo e só veio ocorrer quando o técnico Eduardo Baptista apostou em Renê. Tal opção não deu certo apenas porque o jogador mostrou serviço, mas pelo custo razoavelmente barato que tinha.
Com a camisa 6, Renê foi bastante regular. Demonstrou principalmente segurança defensiva e chegou ao recorde de 52 jogos seguidos no Brasileirão, algo que só o argentino Conca conseguiu. A aposta de antes já era realidade.
Claro que o lateral nem sempre manteve o mesmo nível, mas é bom destacar que o Sport como um todo oscilou em 2016. Não foi culpa de Renê a falta de títulos na temporada passada, nem a luta contra o rebaixamento até a última rodada.
Com a venda para o Flamengo, comprova-se a teoria que caro mesmo é não investir na base e que ela precisa de paciência. Não é porque um jogador não vingou hoje que ele não dará certo amanhã. Que o exemplo de Renê fique para o futuro do Sport e dos outros clubes da capital. E que a determinação do lateral em não desistir dos seus objetivos vire referência para outros jovens.