O Náutico tem duas 'dívidas' para saldar em 2017: voltar à primeira divisão e encerrar um jejum de títulos que pode chegar aos 13 anos. Fazer uma escolha entre as duas é o grande dilema da diretoria. Um objetivo é dar uma alegria a uma massa de torcedores na seca. A outra é garantir um volume de recursos maior para fazer um elenco mais forte nos anos seguintes.
O diretor de futebol Marcílio Sales carrega bem esse dilema entre o torcedor e o dirigente que é. Ele reconhece que a cobrança para ser campeão é grande e tem suas razões de ser. "O Náutico tem 115 anos e não ganha um título há muito tempo. A torcida cobra. Precisamos de um título e vamos tentar fazer isso junto com ela", aponta.
O dirigente - e a responsabilidade que a função traz - também fala alto quando ele completa o raciocínio ao enumerar os compromissos alvirrubros na temporada. "Temos quatro competições e a meta é avançar na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil. Mas acima de tudo está o acesso. Pela dificuldade que o clube vive, é fundamental. Por toda a estrutura que temos é preciso chegar na Série A o mais rápido possível", comenta.
Entre os jogadores também existe esse 'dilema'. Ao falar sobre sua primeira temporada integrado completamente ao elenco profissional, o lateral-direito Joazi enumerou seu primeiro objetivo: levar o Timbu à Série A. "É um clube de tradição e com nome no futebol brasileiro. Então vamos trabalhar bem para que o clube tenha essa conquista no final do ano", avaliou.
Pouco depois, veio o questionamento sobre o Pernambucano, em tese o título mais fácil de ser alcançado. "Como falei, o Náutico é grande e tem condição de lutar por títulos. Vamos fazer o máximo para que isso aconteça".
